O Pará deve alcançar um crescimento econômico de 3,5%, este ano. O percentual é maior do que a projeção prevista para o Brasil, cujo aumento do Produto Interno Bruto (PIB) tende a ser de pouco mais de 2%. Os dados são da Tendências Consultoria e colocam o Pará como o terceiro Estado do país com maior índice de crescimento do PIB e o maior da Região Norte do país.
Setores como o Agronegócio, a Mineração e o de Serviços são os que mais contribuem para o desenvolvimento econômico acelerado do Estado – isto sem deixar de considerar o fortalecimento e investimentos para a consolidação da Bioeconomia.
“O Pará, nos últimos cinco anos, com a gestão do governador Helder Barbalho, vem investindo fortemente em um equilíbrio entre a produção e a conservação da floresta. Por isso, o nosso Estado vem se destacando cada vez mais não só no crescimento das suas vocações naturais, que são o Agronegócio, a Mineração e os serviços, mas também nos serviços ecossistêmicos, no crédito de carbono, que são cadeias produtivas que vem cada dia mais se consolidando, nosso estado ganhando espaço, a Bioeconomia”, destaca o presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), Marcel Botelho.
Para ele, é importante considerar que o Estado do Pará possui uma economia diversificada. “Nós temos um agronegócio pujante, com o segundo maior rebanho do Brasil, uma grande produção e expansão de soja, de milho, nós possuímos outros produtos da agricultura, da agrofloresta, como açaí, o cacau, que são líderes nacionais. Temos uma mineração fortíssima, uma das maiores províncias minerais do mundo está aqui, no Estado do Pará. Nós temos a maior jazida de ferro do mundo, então, por isso, a nossa balança comercial sofre outras influências, o nosso PIB sofre outras influências”, ressalta Botelho.
A Fapespa também projeta o crescimento real da economia paraense em 3,3%. Entre os investimentos estratégicos que devem acelerar esse aumento estão a expansão da mineração, melhorias na infraestrutura logística, bioeconomia, energia renovável e o fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio, comércio exterior e turismo.
Segundo a economista Renata Novaes, o Pará responde por 41,1% do PIB regional e a realização da Conferência Mundial Sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, no mês de novembro, trará impactos ainda mais positivos para o crescimento da economia, uma vez que aumenta a visibilidade do estado no cenário internacional, o que abre portas para novos investimentos em energia limpa, agricultura sustentável e ecoturismo.
“Atrai investimentos, especialmente em infraestrutura. Já contamos com mais de 4 bilhões em investimentos na infraestrutura viária, para melhorias na rede hoteleira e locais turísticos, o que gera empregos e movimenta a economia”, pontua Renata. “A bioeconomia também ganha força, estimulando negócios sustentáveis e novas oportunidades para a região”, completa.