Pará

Pará registra queda em crimes de roubos, furtos e homicídios

Na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2022, pelo menos 188 vidas foram preservadas no Estado, segundo a Segup. Cidades paraenses saem de rankings negativos. Foto: Antonio Melo/Diário do Pará
Na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2022, pelo menos 188 vidas foram preservadas no Estado, segundo a Segup. Cidades paraenses saem de rankings negativos. Foto: Antonio Melo/Diário do Pará

Na comparação entre o primeiro semestre de 2023 e o mesmo período de 2022, o Pará alcançou 16% de redução no registro de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), o que inclui homicídios, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Os dados foram divulgados ontem, pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), por meio da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac).

Investimentos em efetivo e equipamentos, ações integradas, fortalecimento e atuação dos setores de inteligência explicam esse cenário positivo.

Em números absolutos, no período de janeiro a junho de 2023, foram computados 981 casos de CVLI, preservando assim 188 vidas, se comparado ao ano de 2022 que registrou 1.169 casos. Se comparado ao primeiro semestre de 2019, que computou 1.584 casos, sendo o primeiro ano da atual gestão, foram preservadas 603 vidas, alcançando 38,07% de redução.

Segundos os dados da Siac, de janeiro a junho de 2023, foram computados 916 homicídios, uma queda de 17,6% em relação ao mesmo período de 2022 quando houve 1.112 registros em todo o estado.

De acordo com o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, nos últimos quatro anos e meio, várias estratégias e investimentos foram adotados para que o Pará alcançasse reduções significativas, com reconhecimento nacional, inclusive retirando algumas cidades paraenses do ranking de municípios mais violentos do País, a exemplo de Belém e Ananindeua, que já figuraram na lista em anos anteriores. “Hoje o Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresentou novos dados sobre a violência no País, no qual o Pará tem 13 cidades que são inclusas no estudo por possuírem mais de 100 mil habitantes. Os números divulgados incluem mortes violentas intencionais, inclusive casos que não são tipificados como crimes. Entretanto, quando se computa apenas os dados criminais, a exemplo do CVLI, os dados ratificam que o Pará apresentou o seu melhor ano em redução em 2022, como resultado das inúmeras ações que vem sendo implementadas diariamente em todas as regiões”, pontuou Ualame.

DESTAQUE

O titular da Segup acrescentou ainda que “recentemente o Pará foi reconhecido pelo Monitor da Violência como o estado que vem reduzindo a criminalidade, a exemplo do primeiro trimestre, que apresentou 14% de redução e o estado ficou em quinto lugar no ranking dos que mais reduziram. Após esse estudo já fechamos o semestre com 16% de redução no CVLI também, demonstrando que seguimos com quedas gradativas. Nós reiteramos que sabemos que podemos e precisamos fazer muito mais para que essas reduções sejam ainda maiores”, destaca.

Segundo a lista das sete cidades paraenses que figuram entre as cidades violentas, o Pará testifica o avanço na redução da criminalidade em todos os municípios.

Segundo os dados do Fórum Brasileiro, em 2019 Altamira figurou na segunda colocação no ranking com taxa de 133,7 mortes por 100 mil habitantes, caindo para a sétima colocação e reduzindo a taxa para 70 mortes por 100 mil habitantes no ano. Outro município que tinha taxa de 100 mortes por 100 mil habitantes, era Marituba que em 2019 ocupou a oitava posição e hoje ficou na 50ª, com 40 casos na taxa de habitantes utilizada.

No ano de 2022 em comparação a 2021, Altamira apresentou redução de 37% nos casos de CVLI; Parauapebas teve queda de 5%; Itaituba chegou a 39%, Castanhal 5% e Marabá com 19%. “Vários municípios que antes figuravam nessa lista, hoje não estão mais a exemplo de Tucurui, Belém, Ananindeua, e os que ainda estão, apresentaram reduções significativas, demonstrando que as ações tem garantindo resultados”, afirmou Ualame.