A vacinação contra influenza, a gripe comum, começará mais cedo neste ano para os estados da região Norte. Juntos, Acre (AC), Amazonas (AM), Amapá (AP), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO) receberão mais de 6,5 milhões de doses a partir da próxima semana.
O quantitativo para cada estado varia conforme a estimativa local dos grupos prioritários para vacinação e a solicitação das secretarias estaduais de saúde:
• Amapá: 264 mil doses;
• Roraima: 296 mil doses;
• Acre: 318 mil doses;
• Tocantins: 550 mil doses;
• Rondônia: 594 mil doses;
• Amazonas: 1,7 milhão de doses;
• Pará: 2,7 milhões de doses.
A antecipação ocorre por uma especificidade da região Norte, que enfrenta um período de chuvas intenso a partir de abril e, consequentemente, um aumento dos casos de influenza desse mês em diante. Além disso, a região também tem mais áreas de difícil acesso, o que requer uma logística de vacinação mais complexa.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10/3) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva de imprensa. “O Brasil é muito desigual, e não se pode ter um calendário único de vacinação. Nós estamos antecipando na Região Norte porque lá eles sofrem com a questão do vírus de influenza de forma antecipada”, explicou.
A previsão é de que o restante do país comece a vacinar contra a influenza a partir de abril. No entanto, os grupos prioritários são os mesmos em todo o Brasil:
• crianças com idades de 6 meses a menores de 6 anos;
• gestantes;
• puérperas;
• povos indígenas;
• trabalhadores da saúde;
• pessoas maiores de 60 anos;
• professores de escolas públicas e privadas;
• pessoas com doenças crônicas;
• pessoas com deficiência permanente;
• profissionais das forças de segurança e salvamento;
• integrantes das forças armadas;
• caminhoneiros e caminhoneiras;
• trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
• trabalhadores portuários;
• funcionários do sistema prisional;
• adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
• população privada de liberdade.
Composição da vacina
A vacinação contra a influenza é realizada anualmente seguindo os critérios do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Os imunizantes utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan e distribuídos para toda a rede pública de saúde. Além disso, a composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para 2023, em conformidade com a orientação da OMS, o imunizante será composto pelas cepas: Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09; Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2); e Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).