TRANSPLANTE

Pará realiza 1ª captação de órgãos no Hospital da Mulher

O Hospital da Mulher do Pará (HMPA) realizou, ontem (23), sua primeira captação de órgãos para transplante.

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Doação de um coração, autorizada pela família, vai salvar vidas

FOTO: Augusto Miranda/Ag. Pará
Doação de um coração, autorizada pela família, vai salvar vidas FOTO: Augusto Miranda/Ag. Pará

O Hospital da Mulher do Pará (HMPA) realizou, ontem (23), sua primeira captação de órgãos para transplante. A doação, autorizada pela família da doadora, representa um gesto de solidariedade que traz esperança a pacientes que aguardam por um transplante — e salva vidas. O momento foi acompanhado pelos familiares da doadora.

“Com essa captação, vemos a concretização de um trabalho em rede, com a capacitação das equipes de saúde e médicos para identificar possíveis doações em menos de dois meses de atividade. Realizamos o diagnóstico, acolhemos a família — que concordou com a doação — e agora concretizamos a captação. Essa conquista reafirma nosso compromisso com uma medicina mais humana, centrada no cuidado integral e na valorização da vida”, ressaltou a diretora-geral do HMPA, médica intensivista Nelma Machado.

A ação foi coordenada pela equipe da Central Estadual de Transplantes (CET), vinculada à Sespa, responsável por organizar e conduzir os protocolos de doação no Pará. Os órgãos captados serão destinados prioritariamente a pacientes locais, conforme estabelece a legislação e o sistema de regulação nacional.

Homenagem

Como forma de homenagear a generosidade da doadora e o gesto de empatia da família, profissionais do hospital formaram um corredor humano. O momento simbólico e comovente reuniu a equipe envolvida para prestar reverência à passagem da doadora, com aplausos e respeito. A homenagem reforçou a grandeza de um ato que transforma a dor da perda em esperança para outras famílias.

Roseneide Barbosa, familiar da doadora, relatou que, embora o momento seja difícil, o sentimento é de gratidão. Ela lembrou que, há 15 anos, um parente seu também precisou de um transplante. “É um momento doloroso, porém gratificante. Estamos tendo a oportunidade de ajudar novas famílias, assim como fomos ajudados. Minha sobrinha passou quase três anos na fila e foi agraciada por uma família generosa, como agora somos nós que estamos aqui, doando com o coração”, contou, emocionada.