Pará

Pará já tem 4 mil casos de dengue este ano

 
Foto: Divulgação
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Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue será marcado por uma ação no Parque do Utinga, a partir das 7h do próximo sábado (19). A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) vai promover na manhã do próximo sábado (19), o Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue, atividades de conscientização, orientação, visitação e panfletagem. A ação será realizada a partir das 7h no Parque do Utinga, em Belém.

De acordo com o 10º Informe Epidemiológico sobre Dengue, Chikungunya e Zika, divulgado no último dia 07 de novembro, pela Sespa, de 1º de janeiro a 04 de novembro de 2022, foram confirmados 4.060 casos de dengue no Pará, representando um aumento de 58,90% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram confirmados 2.555 casos da doença.

O Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue faz um alerta para a luta contra o mosquito Aedes aegypti, e é fundamental a participação da população paraense neste momento em que começa o inverno amazônico. A data, que é lembrada no penúltimo sábado de novembro, foi oficializada pela Lei Nº 12.235, de 19 de maio de 2010, com o objetivo de mobilizar iniciativas do Poder Público e a participação da população para a realização de ações destinadas ao combate ao vetor da doença.

Segundo a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro, a população continua sendo fundamental na luta contra o mosquito Aedes aegypti. “O mosquito Aedes aegypti, atualmente responsável pela transmissão da dengue, chikungunya, zika vírus, costuma se reproduzir mais intensamente nesse período. A prevenção deve ser a principal arma da sociedade e a principal ação para prevenção dessas doenças é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação” alertou.

Os cinco municípios com mais casos confirmados são Parauapebas (1126), Conceição do Araguaia (423), Santarém (327), Canaã dos Carajás (249) e Belém (193).

O Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue faz um alerta para a luta contra o mosquito Aedes aegypti. Foto: Divulgação

Chikungunya e zika

Quanto à febre de chikungunya, o Informe Epidemiológico aponta o registro de 83 casos confirmados, correspondendo a uma redução de 22,42% em relação ao mesmo período de 2021 quando ocorreram 107 casos da doença. Os municípios com mais ocorrências são Santarém (35), Belém (10), Castanhal (07), Parauapebas (05) e Afuá (04) casos.

Em relação à febre de zika vírus, o Pará registrou 38 casos confirmados, correspondendo a um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2021 com 27 casos confirmados da doença. Os municípios com mais casos confirmados são Santarém (28), Afuá (8) e Placas (01) casos.

Ações da Sespa

De acordo com Aline Carneiro, a Sespa, por meio do Departamento de Controle de Endemias e Coordenação Estadual de Arboviroses, trabalha em conjunto com os municípios oferecendo assessoria técnica, capacitação de profissionais e repasse de insumos quando necessário. No dia D, o Dia Nacional de Combate ao Mosquito, sábado (19), o Estado e os municípios de Belém e Ananindeua vão reunir uma equipe de 50 pessoas no Parque do Utinga.

“Vamos realizar atividades de conscientização, orientação, visitação, panfletagem, divulgação do combate ao vetor e sintomas relacionados aos agravos. Também faremos brincadeiras educativas, entrega de brindes e identificação entomológica”, explica a coordenadora.

Capacitação

O Departamento de Controle de Endemias e a Coordenação Estadual de Arboviroses também realizaram na manhã desta quinta-feira (17), na Escola Técnica do SUS, uma capacitação para técnicos das secretarias de saúde municipais sobre a utilização do inseticida Fludora Fusion, atualmente preconizado pelo Ministério da Saúde, para as atividades de controle químico residual de populações adultas de Aedes aegypti. O produto deve ser utilizado em áreas abertas como praças, cemitérios e terrenos abandonados.

Segundo Fábio Magro, técnico da empresa Bayer, produtora do químico, “as atividades de vigilância nesses locais devem ser realizadas com periodicidade quinzenal, incluindo nestas visitas o tratamento direcionado sempre que detectada a presença de focos ou criadouros não passíveis de remoção. A aplicação residual deve ser realizada a cada dois meses, observando-se o período de residualidade do produto e sendo realizadas atividades de avaliação e monitoramento periódicos para se verificar a eficácia da atividade”.

Sinais e sintomas 

As manifestações clínicas da dengue, chikungunya e zika são muito parecidas, por isso é importante prestar atenção: os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.

A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos.

Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.

Aline Carneiro ressaltou que as Secretarias Municipais de Saúde precisam notificar à Coordenação Estadual de Arboviroses em até 24 horas os casos graves e óbitos por dengue, chikungunya e zika.

Medidas preventivas

Quanto à população, ela orienta que não se automedique frente ao aparecimento de sintomas, que procure a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico e mantenha os seguintes cuidados no seu domicílio:

. Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;
. Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;
. Não deixar água acumulada sobre a laje;
. Manter garrafas com boca virada para baixo;
. Acondicionar pneus em locais cobertos;
. Proteger ralos sem tampa com telas finas;
. Manter as fossas vedadas;
. Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana;
. Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.

Para solicitar orientações e denunciar a existência de possíveis criadouros de mosquitos, a população deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde do seu município.