PESCA E AQUICULTURA

Pará exporta mais de 70 milhões de dólares em pescado

Protagonismo do Estado será um dos temas centrais da segunda edição do IFC Amazônia, evento que integra a agenda prévia da COP 30.

Pará exporta mais de 70 milhões de dólares em pescado Pará exporta mais de 70 milhões de dólares em pescado Pará exporta mais de 70 milhões de dólares em pescado Pará exporta mais de 70 milhões de dólares em pescado
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O Estado do Pará tem se destacado na produção de pescado no Brasil. As exportações alcançaram o valor de 70 milhões de dólares em 2024, abastecendo mercados como Estados Unidos e China e representando cerca de 20% da exportação brasileira no setor.

As afirmações são do ex-ministro da pesca e presidente do IFC Amazônia, Altemir Gregolin, que defende a pesca e a aquicultura com papel de destaque na economia da região amazônica, garantindo geração de emprego e renda, além de segurança alimentar.

Segundo o presidente do IFC Amazônia, entes públicos debatem a criação de um consórcio para certificar o pescado amazônico.

“O que agregaria valor ao produto, facilitando sua inserção no mercado nacional e internacional”, disse Gregolin. “Além disso, políticas públicas de incentivo, como crédito, infraestrutura e organização da cadeia produtiva, podem impulsionar o setor e promover um crescimento acelerado e sustentável”, concluiu Gregolin.

Produção paraense

O ex-ministro da Pesca e presidente do IFC Amazônia, Altemir Gregolin, destacou a importância estratégica da atividade pesqueira na Amazônia e, especialmente, no Pará.

“A pesca e a aquicultura são duas atividades muito importantes na Região Amazônica. O Pará é um dos maiores produtores de pescado do Brasil, sempre figurando entre os primeiros colocados no ranking nacional. A pesca de água doce e salgada possuem relevância econômica, com frotas que capturam camarão e piramutaba. O Pará exporta mais de 70 milhões de dólares em pescado para mercados como Estados Unidos e China, representando cerca de 20% de tudo o que é exportado pelo Brasil”, explicou.

Embora a pesca mundial tenha atingido um patamar de estabilidade nos últimos 30 anos, com produção em torno de 90 milhões de toneladas anuais – e cerca de 700 mil toneladas no Brasil –, a aquicultura tem se consolidado como uma alternativa viável e sustentável para ampliar a oferta de pescado.

Segundo Gregolin, “a piscicultura no Pará registrou um crescimento de 30% entre 2022 e 2023. Esse avanço tem sido impulsionado pela nova legislação que trouxe segurança jurídica ao setor e atraiu investimentos, criando uma tendência positiva para os próximos anos”, argumentou.

Cenário favorável

O ex-ministro ressaltou ainda o potencial da aquicultura na Amazônia, que reúne condições naturais ideais para o desenvolvimento da atividade.

“Temos a maior reserva de água doce do mundo, um clima favorável e espécies promissoras como o tambaqui, que podem ser cultivadas e exportadas para diversos países. Estados como Rondônia e Tocantins já despontam na produção de peixes nativos, atendendo tanto o mercado interno quanto as exportações para Peru, Bolívia e EUA”, pontuou.

Pescado e sustentabilidade

Para Gregolin, o pescado representa a melhor alternativa de produção de proteína animal para a região amazônica. “Meu lema é ‘produção de pescado para uma Amazônia sustentável’. Podemos produzir pescado preservando a floresta”, disse.

IFC Amazônia

O protagonismo do Pará será um dos temas centrais da segunda edição do IFC Amazônia (International Fish Congress & Fish Expo Brasil), evento que integra o rol de pré-eventos da COP 30 e ocorrerá entre os dias 23 e 25 de abril, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.

Com expectativa de reunir cerca de cinco mil participantes, o IFC Amazônia contará com diversas iniciativas voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva do pescado, como a Feira de Negócios, que trará expositores das áreas de produção, beneficiamento, nutrição, genética, equipamentos e logística. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas no site oficial do evento: www.ifcamazonia.com.br.