Pará

Pará é um dos estados com menos pessoas pagando aluguel, revela IBGE

No total, o governo do Pará calcula que serão investidos de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em obras de infraestrutura para a conferência Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.
No total, o governo do Pará calcula que serão investidos de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em obras de infraestrutura para a conferência Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.

Luiza Mello

O Pará apresenta o menor percentual de domicílios alugados. Enquanto no Distrito Federal foi observada uma taxa 35,6% de pessoas que vivem em imóveis alugados, em habitações paraenses esse percentual é de 12,8%.

Os dados fazem parte da pesquisa PNAD Contínua: Características gerais dos domicílios e dos moradores (2022), divulgada na última sexta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todo o país, cerca de 63,8% dos domicílios (ou 47,3 milhões) eram próprios já pagos e 6,0% (4,4 milhões) próprios ainda pagando. Outros 21,1% (15,7 milhões) eram alugados.

No recorte regional, Norte (72,7%) e Nordeste (71%) tinham as maiores estimativas de domicílios próprios já pagos, sendo as maiores que a média nacional. Por outro lado, as residências alugadas tinham proporção maior nas regiões Centro-Oeste (27,8%), Sudeste (23,4%) e Sul (20,9%).

Entre os 74,1 milhões de domicílios particulares permanentes do Brasil, 47,3 milhões (63,8%) eram próprios já pagos. De acordo com o IBGE, o predomínio do imóvel quitado vem caindo constantemente desde 2016, quando o percentual era de 66,7%. Em contrapartida, nesse período, vem aumentando o percentual de domicílios alugados, que saiu de 18,5% em 2016 e alcançou 21,1% em 2022 – ou 15,7 milhões. Os cedidos eram 8,8% (6,6 milhões) e aqueles em outra condição, por exemplo, os casos de invasão, totalizavam 0,2% (174 mil).

Entre 2016 e 2022, o Centro-Oeste teve a maior retração na proporção de domicílios próprios já pagos (de 59,6% para 51,5%), ao mesmo tempo em que aumentava a proporção de domicílios alugados (de 24,5% para 27,8%). Os maiores percentuais de domicílios alugados foram observados no Distrito Federal (35,6%), Goiás (27,3%), Mato Grosso (25,3%) e São Paulo (25,3%). Piauí (10,3%), Maranhão (11,5%), Amapá (12,5%) e Pará (12,8%) tiveram as menores proporções.

Norte e Nordeste foram as únicas regiões do país onde os percentuais de domicílios com motocicleta (35,3% e 33,0%, respectivamente) superaram os de domicílios com carro (30,7% e 29,9%). Nessas duas regiões também foram observados os dois maiores percentuais de posse de motocicleta (35,3% e 33,0%), enquanto o Sudeste (18,8%) teve a menor proporção.

No Brasil, 49,8% dos domicílios possuíam carro, 25,0% tinham motocicleta, e 13,1% possuíam ambos. A região Sul tinha o maior percentual de domicílios com carro (69,2%), enquanto o Nordeste e o Norte tinham as menores proporções desse bem (29,9% e 30,7%, respectivamente).

GELADEIRA

No país, 98,4% dos domicílios possuíam geladeira em 2022, percentual que variou entre 94,5% no Norte a 99,5% no Sul. Já a máquina de lavar roupa estava presente em 70,2% dos domicílios do país, com grandes diferenças regionais: o Nordeste (41,1%) e o Norte (55,0%) tinham os menores percentuais, enquanto Sul (89,3%), Sudeste (81,8%) e Centro-Oeste (80,2%) tinham os maiores. Segundo o IBGE, o acesso à energia elétrica está praticamente universalizado, exceto nas áreas rurais do Norte. Em 2022, a energia elétrica chegava a 99,8% dos domicílios do país, uma cobertura praticamente universal, pela rede geral ou por fontes alternativas.

A cobertura de energia elétrica era elevada, tanto em áreas urbanas (99,9%) quanto rurais (99,0%). Em 99,4% dos domicílios (73,7 milhões) a energia elétrica vinha da rede geral e a sua disponibilidade era em tempo integral em 98,7% dos casos (72,7 milhões de domicílios). Nas áreas rurais, o percentual de domicílios com energia elétrica proveniente de rede geral era mais baixo (97,3%), principalmente nas áreas rurais da região Norte (85,0%).