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Pará destaca ações da bioeconomia no 'Bioeconomy Amazon Summit'

Pará destaca ações da bioeconomia no ‘Bioeconomy Amazon Summit’ Pará destaca ações da bioeconomia no ‘Bioeconomy Amazon Summit’ Pará destaca ações da bioeconomia no ‘Bioeconomy Amazon Summit’ Pará destaca ações da bioeconomia no ‘Bioeconomy Amazon Summit’
O governador do Estado, Helder Barbalho, destacou, nesta quinta-feira (1º), na abertura do Bioeconomy Amazon Summit (BAS), no Hangar, em Belém, as ações do Estado para fomentar a bioeconomia
O governador do Estado, Helder Barbalho, destacou, nesta quinta-feira (1º), na abertura do Bioeconomy Amazon Summit (BAS), no Hangar, em Belém, as ações do Estado para fomentar a bioeconomia. Foto: Marco Santos/Ag. Pará
Belém, capital paraense e futura sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, recebeu nesta quinta-feira (1º) a primeira edição do Bioeconomy Amazon Summit (BAS). O evento, realizado no Hangar, reuniu mais de 600 participantes, incluindo investidores, empreendedores, líderes do setor público e privado, além de representantes da sociedade civil, com o objetivo de fomentar negócios sustentáveis e impulsionar a bioeconomia na Amazônia em três ambientes – arena empreendedora, plenária e round table, com salas temáticas.
Promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil e a gestora de venture capital KPTL, o BAS trouxe à tona discussões cruciais sobre a inovação e o empreendedorismo como motores para o desenvolvimento sustentável na região amazônica. Com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, da ApexBrasil, do Mercado Livre, do Sebrae Pará e da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), o evento contou com a participação de 80 startups, das quais 60 receberam incentivos diretos.
A abertura teve a participação de figuras como o CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, Carlo Pereira; o CEO da KPTL, Renato Ramalho; o governador do Pará, Helder Barbalho; a representante do Gabinete da Diretoria de Negócios e Líder do Programa Mulheres nos Negócios da ApexBrasil, Maira Pinto Cauchioli Rodrigues; e o secretário da Semas, Mauro O’de Almeida.
O BAS é um evento que marca o começo de um movimento que posiciona a Amazônia no centro das discussões globais sobre o clima e a sustentabilidade; e a escolha de Belém para sediá-lo foi estratégica, conforme destacou Carlo Pereira.
“Belém não foi escolhida por acaso. O Pará se destaca na vanguarda da bioeconomia no Brasil, sendo o primeiro estado a lançar um plano de economia verde, que serve de base para outras regiões e até para o governo federal. Além disso, a COP30, que será realizada aqui, promete ser a maior e mais importante conferência do clima até hoje”, afirmou.
Pereira também ressaltou a importância de conectar investidores e empreendedores ao ecossistema local para fomentar a bioeconomia, que está diretamente ligada com o clima. “O que queremos fazer aqui é trazer investidores e empreendedores para interagirem com esse ecossistema e fazer com que tenha um desenvolvimento sustentável não só no Pará, mas que isso sirva de exemplo para o mundo”, complementou.
INOVAÇÃO
O CEO da KPTL, Renato Ramalho, destacou a importância de investir em inovação e tecnologia como pilares para o desenvolvimento sustentável na região. Além disso, que o sucesso de startups na bioeconomia não depende de algo mais sofisticado ou complexo e que empresas com bons empreendedores, boas ideias e um objetivo claro de geração de riqueza, qualidade de vida e proteção florestal são os pré-requisitos necessários para bons investimentos. “Investir em inovação tecnológica não se resume apenas a software. Na bioeconomia, inovação pode significar desde um cosmético produzido de forma sustentável até uma cadeia logística eficiente que respeita o meio ambiente. Estamos explorando uma fronteira ainda inexplorada no Brasil, com um potencial gigantesco para gerar riqueza e proteger nossas florestas”, comentou.
Renato Ramalho enfatizou que a bioeconomia, mesmo que em estágio inicial se comparada a outros setores em que o Brasil já teve protagonismo, oferece um leque diversificado de oportunidades que precisam ser desenvolvidas de forma integrada, promovendo qualidade de vida. “Agora, é necessário que governo, corporações, investidores, empreendedores, universidades e centros de pesquisa trabalhem juntos para amadurecer esse ecossistema, permitindo que soluções inovadoras sejam implementadas de maneira mais rápida e eficiente, beneficiando tanto a sociedade quanto a floresta”, ponderou.
ESTADO
O governador Helder Barbalho reafirmou o compromisso do estado com a bioeconomia, indicando-a como um pilar fundamental na estratégia de preservação da floresta e desenvolvimento sustentável.
“Estamos produzindo com a nossa biodiversidade dos povos ancestrais, agregando tecnologia, ciência, conhecimento e, claro, mobilizando para que gere escala, para que possamos ter financiamento atrelado à bioeconomia para gerar empregos verdes, gerar renda para as comunidades locais”, acrescentou.
Durante a abertura, o secretário da Semas, Mauro O’de Almeida, ressaltou o compromisso do estado na oportunidade de transformar a Amazônia em um exemplo de economia sustentável. “O Plano de Bioeconomia que estruturamos foi fruto de um esforço coletivo com a participação de mais de 300 lideranças e 40 reuniões. É o momento de consolidar essas ideias, atraindo investimentos e impulsionando negócios que respeitem e valorizem o bioma amazônico, gerando emprego e renda”, avaliou.
MAIS SOBRE O BAS
Lançado oficialmente em setembro de 2023 pelo Pacto Global da ONU no Brasil e pela gestora de venture capital KPTL, o Bioeconomy Amazon Summit (BAS) tem trabalhado para reunir o apoio de influenciadores locais e nacionais na formação de um Conselho Curador. Este conselho, composto por cerca de 40 pessoas, têm a responsabilidade de definir os principais norteadores do BAS para os próximos sete anos; e, até o momento, já realizou três encontros virtuais, os quais foram discutidos temas e programações que estiveram presentes na primeira edição do BAS, que ocorreu nesta quinta-feira (1º).