Um estudo produzido pelo Dieese/PA com base em informações oficiais do Ministério do Trabalho/Caged mostra que no comparativo entre admitidos e desligados o Estado do Pará encerrou o ano de 2022 apresentando crescimento de empregos formais com a geração de mais de 32 mil postos de trabalhos, com destaque para os Setores de Serviços, Comércio, Indústria e Agropecuária.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) levam em consideração apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui as ocupações informais. Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).
O levantamento também é parte integrante do projeto do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, parceria entre o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
No mês de dezembro de 2022, foram realizadas 24.996 admissões, contra 40.179 desligamentos, gerando a perda de 15.183 postos de trabalhos. No mês de dezembro de 2021, o Estado também apresentou perda de empregos formais, entretanto a queda foi bem maior.
Foram feitas naquela oportunidade, 26.176 admissões contra 33.600 desligamentos, gerando a perda de 7.424 postos de trabalhos formais. Nos demais Estados da Região Norte também houve saldos negativos de empregos formais.
Mesmo com a perda de postos de trabalhos registrada no mês passado, o Pará criou mais de 32 mil novas vagas de trabalho no ano. Houve 421.139 admissões, contra 388.476 desligamentos, gerando um saldo positivo de 32.663 postos de trabalhos.
O Setor Serviços foi responsável pela geração de 17.788 postos de trabalhos, seguido do Comércio com a geração de 9.429 postos de trabalhos, Indústria (3.143 postos) e da Agropecuária (3.098 vagas). Na outra ponta, apenas o Setor da Construção apresentou perda de empregos formais, com saldo negativo de 795 postos.
“Para este ano de 2023, mesmo com uma conjuntura ainda em dificuldades, os cenários no campo da geração de Empregos no Pará e em todo o Brasil, necessitam de mais investimentos, com destaque para setores concentradores de mão de obra, tais como a Construção Civil, Comércio, Serviços e Indústria, além de investimentos direcionados nas questões que envolvem a Qualificação Profissional e a Intermediação de Mão-de-Obra”, concluiu o estudo do Dieese.