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Pará conquista reconhecimento internacional de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação

Certificado foi concedido, em Paris, na França, durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal, nesta quinta-feira (29)
Certificado foi concedido, em Paris, na França, durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal, nesta quinta-feira (29). Foto: Marcelo Lelis/Ag. Pará

O Pará foi reconhecido como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação em âmbito internacional. O certificado foi entregue ao governo do Pará, por meio da Adepará, nesta quinta-feira, 29, durante a edição da 92ª Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris, na França.

O Governo do Pará enviou representantes para o evento da OMSA, que é anual e reúne representantes dos 183 países membros, além de organizações internacionais e regionais para discutir temas fundamentais à saúde animal. O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, e a diretora de Defesa e Inspeção Animal da Agência de Defesa, Graziela Oliveira, participaram das discussões do Fórum de Sanidade Animal e acompanharam o anúncio do feito histórico para o Serviço Veterinário Oficial (SVO).

O reconhecimento da OMSA encerra uma jornada de trabalho árduo no campo com campanhas anuais de vacinação em massa realizadas pelo Serviço Veterinário Oficial para erradicar a doença. Há mais de 50 anos, os Estados produtores de proteína animal, como o Pará, esperavam por essa certificação decisiva para ampliar as exportações de carne e projetar a economia estadual.

Certificado é o mais importante selo sanitário internacional

“O reconhecimento é o mais importante selo sanitário internacional para um exportador de proteína animal. É uma conquista que poderá impulsionar a nossa pecuária e consolidar a nossa posição em mercados de alto valor agregado. Agora, estamos prontos para competir de igual para igual em mercados internacionais muito exigentes”, disse Jamir Macedo, diretor-geral da Adepará.

“Esse é um dia especial para todos nós. Um momento de alegria. Recebemos o certificado de livre de febre aftosa sem vacinação. Fruto do trabalho e dedicação de cada um dos servidores da Agência. É uma conquista de todos nós que fazemos a defesa agropecuária no Pará”, comemorou Graziela Oliveira, diretora de defesa e inspeção animal da Adepará.

Há um ano, o Pará retirou a obrigatoriedade da vacinação contra febre aftosa do calendário e iniciou a substituição da vacina por medidas de vigilância rigorosas, cumprindo todas as exigências do Plano Estratégico Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), o que inclui notificações de suspeitas de doenças vesiculares; vigilância em estabelecimentos rurais, de abate e em aglomerações de animais; além de vigilância sorológica.

Para o fortalecimento da vigilância sanitária, a Adepará investiu na reestruturação das unidades, no aprimoramento do sistema de gestão de dados agropecuários e na capacitação técnica dos servidores que atuam no campo realizando o atendimento aos produtores rurais, conscientizando sobre os novos protocolos para garantir a fiscalização mais eficaz das propriedades, evitando a possibilidade de reintrodução do vírus.

O controle rigoroso da movimentação de animais e de produtos de origem animal também foi reforçada, além da reforma do laboratório para diagnóstico da doença, promovendo maior rapidez na identificação de casos suspeitos.

Com o segundo maior rebanho bovino do País – mais de 26 milhões de animais – o Pará tem, atualmente, 18 abatedouros frigoríficos de bovídeos, sendo 13 registrados no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), e 5 no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI), distribuídos entre 17 municípios paraenses. Todos realizam a vigilância sanitária através da inspeção de Fiscais Estaduais Agropecuários, Médicos Veterinários.

Para evitar a reintrodução do vírus e manter o novo status sanitário, a Adepará segue realizando o aprimoramento contínuo das estratégias de vigilância.

“A salvaguarda da saúde da pecuária nacional depende da vigilância constante e ação imediata diante de qualquer suspeita de síndrome vesicular. A identificação precoce de sinais clínicos e a comunicação célere ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) pelo produtor rural e qualquer cidadão constituem a primeira e crucial barreira na defesa sanitária”. ressalta Glaucy Carreira, fiscal agropecuária e gerente de Vigilância para Febre Aftosa, Doenças Vesiculares e Análise de Risco (GEVFAR).

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.