Pela primeira vez o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu a população com diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em seus levantamentos, e revelou que o Brasil tem aproximadamente 2,5 milhões de pessoas diagnosticadas, de acordo com dados de 2022. No Pará, são 91 mil, o que corresponde a cerca de 45% das pessoas com TEA vivendo na região Norte – quase 202 mil.
Esse quantitativo representa 1,1% da população residente no estado – 3,2% dos domicílios têm ao menos um morador diagnosticado com autismo. Entre as unidades da federação, o Pará foi o 10°, em número absoluto, com maior contingente de pessoas com diagnóstico de autismo. Em Belém, o percentual foi maior que o do estado: 1,5% da população declarou diagnóstico de TEA, o que representa aproximadamente 19 mil pessoas.
Ainda no cenário estadual, homens são maioria: 56,6 mil homens (1,4%), e 34,6 mil são mulheres (0,9%) vivendo com o diagnóstico de autismo, segundo os dados do censo.
Entre os municípios paraenses, os maiores percentuais de pessoas com diagnóstico de autismo foram registrados em Cachoeira do Arari (2,3%), São Geraldo do Araguaia (2,1%), Jacareacanga (1,9%), Concórdia do Pará (1,9%) e Oriximiná (1,7%).
Dados de Deficiência na Região Norte
O mesmo levantamento aponta ainda o Pará tendo o maior percentual de pessoas com alguma deficiência da região Norte e o 12º entre os estados brasileiros
Os dados revelam que, no Brasil, 14,4 milhões de pessoas (7,3% da população com dois anos ou mais de idade) declararam ter algum tipo de deficiência.
Na Região Norte, o total de pessoas com deficiência foi de 1,2 milhão, o que representa 7,1% da população nortista com dois anos ou mais.
O Pará apresenta o maior percentual da região, com 577.865 pessoas com deficiência, o que equivale a 7,3% da população estadual nessa faixa etária.
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