Pará
Para atingir a meta, campanha contra a Pólio é prorrogada no Pará
Programada para encerrar nesta sexta-feira (30), a campanha de imunização contra poliomielite será estendida no Pará. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) está orientando os 144 municípios para a continuação da campanha, oferecendo os imunizantes e intensificando as ações para atrair a população. Durante a campanha nacional, de 8 de agosto a 30 de setembro, foram aplicadas no Pará 230.367 doses da vacina contra poliomielite, levando a cobertura vacinal do Estado para 40% da população de 1 a 5 anos, público-alvo deste processo de imunização.
Segundo Leila Flores, diretora de Epidemiologia da Sespa, mesmo com o término oficial da campanha de vacinação nacional, o Pará continuará vacinando, em busca da meta de 95% definida pelo Ministério da Saúde. “Nosso trabalho continua na busca de alcançar esses números tão importantes para a segurança da nossa população. Estamos orientando todos os munícipios do Pará para enfrentarem os desafios, e definindo cada um as melhores estratégias para melhorar essa cobertura. Assim, estaremos colaborando para impedir a volta do vírus da poliomielite ao País”, ressaltou.
A Sespa coordena as ações do Programa de Imunização no Pará, distribuindo insumos e auxiliando as prefeituras a definir estratégias eficientes. Apesar do trabalho realizado nos âmbitos estadual e municipal, é importante enfatizar que é responsabilidade da população buscar os postos de vacinação mais próximos para garantir a imunização das crianças contra a poliomielite.
Retorno da doença – Por ser uma doença considerada erradicada no Brasil desde 1994, famílias por todo o Brasil negligenciam a vacina e a gravidade da pólio, em um momento que outros países registram o retorno da doença, principalmente na África e Ásia. Estados Unidos e o Reino Unido estão alertas e intensificando a vacinação das crianças, principalmente após encontrarem o vírus da poliomielite em amostras de água de esgoto em Nova York e Londres.
Movimentos antivacinas e a divulgação de fake news relacionadas aos imunizantes dificultam o alcance da meta no Pará e no restante do País. A vacina contra poliomielite é segura, utilizada no Brasil desde os anos 1960, e foi fundamental para mudar a realidade de gerações que se acostumaram a ver pessoas com as sequelas da doença, também conhecida como paralisia infantil, como atrofias musculares, principalmente nas pernas.