O Brasil atingiu a marca de 5.145.295 casos possíveis de dengue na última terça-feira (21). Os dados já ultrapassam os registros mais elevados dos últimos 24 anos, sendo mais altos do que os números em 2000, quando foram reportados 230.910 casos da doença em todo o país.
Também superam as projeções da pasta da Saúde de fevereiro deste ano, de que o país chegaria à marca de 4,2 milhões de casos em 2024.
O país também registra 2.899 mortes, segundo os dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Há outras 2.687 mortes em investigação.
Os três estados com maior número de casos são Minas de Gerais (1.445.365), São Paulo (2.180.261) e Paraná (540.839). Demais regiões do Brasil estão abaixo dos 500 mil casos.
Em relação aos óbitos, é São Paulo que soma o maior número, com 785 mortes, Minas Gerais tem 507 e o Distrito Federal, 365, sendo também a localidade com maior coeficiente de incidência, medida usada na saúde para quantificar a ocorrência de uma doença em uma população durante um período específico.
O Pará soma sete óbitos. Belém tem três mortes confirmadas. No Estado, há quase 17 mil casos em investigação.
VACINAÇÃO
A vacina contra a dengue da Takeda recebeu pré-qualificação da OMS (Organização Mundial da Saúde), na última semana. Ela é recomendada para crianças de 6 a 16 anos em áreas com alta incidência da doença.
No Brasil, ela teve sua incorporação ao SUS (Sistema Único de Saúde) no final do ano passado.
A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pode levar a complicações graves.
O cansaço pós-dengue é atribuído ao desgaste do corpo durante a doença. A doença pode deixar sequelas, como complicações hepáticas, neurológicas e cardíacas, além de fadiga crônica. O risco de complicações é maior na segunda infecção.
A OMS estima milhões de casos anualmente, com a maioria ocorrendo na Ásia, África e Américas. O maior número de casos foi relatado em 2023, destacando a importância da vacinação e medidas de prevenção. (Com Folhapress)