APÓS AMEAÇAS

Pai homofóbico é impedido de se aproximar de filho em Castanhal

Decisão inédita em Castanhal: juíza determina medidas cautelares para jovem vítima de homofobia perseguido pelo pai.

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Decisão inédita em Castanhal: juíza determina medidas cautelares para jovem vítima de homofobia perseguido pelo pai.
Decisão inédita em Castanhal: juíza determina medidas cautelares para jovem vítima de homofobia perseguido pelo pai.

Castanhal - Em uma decisão inédita na comarca de Castanhal, a 2ª Vara Criminal acatou o pedido do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), representado pelo 3º Promotor de Justiça de Castanhal, Danyllo Maués Pompeu Colares. A juíza titular, Cláudia Ferreira Lapenda Figueirôa, determinou a aplicação de medidas cautelares em favor de um jovem vítima de homofobia, que vinha sendo perseguido e ameaçado pelo próprio pai. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (21).

Segundo os autos do processo, o pai da vítima teria cometido crimes de homofobia, incluindo ofensas verbais, intimidações nas redes sociais e ameaças de morte, como a intenção de atropelar o filho e destruir seus bens. O último episódio ocorreu em 15 de dezembro de 2024.

Em razão das ameaças e do sofrimento psicológico causados, a vítima denunciou o pai ao Ministério Público. A acusação do MPPA argumenta que os atos do genitor colocaram em risco a integridade física e moral do filho, fundamentando o pedido de medidas cautelares.

Com base na legislação e na interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF), que desde 2019 considera a homofobia crime de racismo (Lei do Racismo nº 7716/89), a juíza deferiu o pedido, impondo restrições ao acusado. As medidas incluem a proibição de o pai frequentar locais públicos ou privados onde o filho esteja, bem como a obrigação de manter uma distância mínima de 200 metros da residência, local de trabalho ou outros locais frequentes da vítima.

Além disso, o genitor está proibido de estabelecer qualquer contato com o filho, seja por redes sociais, pessoalmente ou por intermediários, e não poderá fazer publicações ou comentários que mencionem o jovem de maneira direta ou indireta.

Caso o acusado descumpra qualquer uma das medidas, poderá ser decretada sua prisão preventiva, conforme estipulado no artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP).

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.