Pará

Pai é condenado a 24 anos de prisão por estuprar as filhas

Justiça condenou coordenadora de colégio particular, em Belém, por apresentar dificuldades para matricular menino, há 3 anos. Prisão pode ser convertida em serviços comunitários e indenização

 Foto: Divulgação
Justiça condenou coordenadora de colégio particular, em Belém, por apresentar dificuldades para matricular menino, há 3 anos. Prisão pode ser convertida em serviços comunitários e indenização Foto: Divulgação
O juiz Luiz Trindade Junior, da Comarca de Muaná, condenou na última segunda-feira, 22, um pai que estuprava, há mais de seis anos, as duas filhas adolescentes. Para cada vítima, o réu cumprirá 12 anos de prisão em regime inicial fechado, que somadas as penas totalizam 24 anos.
“A culpabilidade vista como juízo de reprovação da conduta é grave. O réu é primário e ostenta bons antecedentes. Não há elementos para análise da conduta social do réu. É cediço que a personalidade está ligada ao perfil psicológico e moral do agente. No caso dos autos, não obstante o tipo de crime cometido, praticado contra adolescente menor de 13 anos de idade, a indicar possível e grave desvio moral e emocional”, destacou o magistrado, em sua decisão.
O juiz, após análise dos autos e de ouvidas as testemunhas, também concluiu que “pelas riquezas das provas, e por todo o exposto, firmo o convencimento de que o réu manteve conjunção carnal e praticou ato libidinoso diverso da conjunção carnal com as vítimas, suas filhas”.
Caso foi denunciado pela mãe das vítimas
De acordo com a denúncia, o pai de duas crianças de 14 e 12 anos as estuprava, no município de Muaná. O Conselho Tutelar de Muaná recebeu uma denúncia da própria mãe das vítimas, relatando que suas filhas vinham sendo abusadas sexualmente pelo próprio pai.
Em diligências, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar se deslocaram até a residência das vítimas, na Comunidade Canaã, às margens do rio abaixo Atuá, zona rural do município. Chegando ao local, foram encontradas na residência duas armas de fogo, situação que fez a Polícia Militar dar voz de prisão imediatamente ao acusado.
O acusado confessou durante interrogatório que mantinha relação sexual com as meninas há pelos menos seis anos, quando a mãe viajava para realizar tratamento médico no município de Abaetetuba.
Segundo os autos do processo, os fatos só foram descobertos quando a genitora passou perceber mau cheiro nas roupas íntimas das crianças. As vítimas foram encaminhadas para serem submetidas a Escuta Especializada no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), onde confirmaram que vinham sendo abusadas pelo denunciado há bastante tempo.