EM DUAS SEMANAS

Operação na TI Kayapó causa mais de R$ 12 milhões em prejuízos a garimpeiros no Pará

Em apenas duas semanas de ações, agentes inutilizam maquinário, desarticulam estruturas ilegais e avançam sobre os principais garimpos da Terra Indígena, no Pará
Em apenas duas semanas de ações, agentes inutilizam maquinário, desarticulam estruturas ilegais e avançam sobre os principais garimpos da Terra Indígena, no Pará. Foto: Thiago Dias/Secom

Na segunda semana da Operação de Desintrusão na Terra Indígena Kayapó, o Governo Federal intensificou o combate ao garimpo ilegal, consolidando a ação como um marco na proteção dos povos originários e da floresta amazônica. Entre os dias 5 e 11 de maio, as ações causaram prejuízos estimados em R$ 10,6 milhões aos garimpeiros ilegais. Com os R$ 1,4 milhão da semana anterior, as perdas acumuladas já ultrapassam R$ 12 milhões.

Forças integradas destruíram grande quantidade de equipamentos pesados — como retroescavadeiras, balsas, dragas e estruturas de apoio — utilizados na extração ilegal de minérios. As operações se concentraram em áreas críticas da Terra Indígena Kayapó, no Pará, incluindo os garimpos Rio Branco, Maria Bonita, Pista Branca, Cumaruzinho, Tarzan e Santili. Além disso, bares, prostíbulos, depósitos, oficinas e alojamentos clandestinos foram desativados.

Ações e Prejuízos Causados ao Garimpo Ilegal

Coordenada pela Casa Civil e pelo Ministério dos Povos Indígenas, a operação reúne 20 órgãos federais, entre eles a Polícia Federal, o Ibama, a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), a Força Nacional e o Exército. O Censipam, ligado ao Ministério da Defesa, fornece inteligência e suporte logístico, enquanto aeronaves do Ibama garantem mobilidade e acesso às regiões mais remotas.

Segundo o monitoramento federal, a presença intensa do Estado tem provocado a retirada acelerada dos invasores. A destruição da infraestrutura criminosa e a saída dos garimpeiros simbolizam a retomada do território pelos povos indígenas. As ações seguem respaldadas pela decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 709, reforçando o compromisso do Governo Federal com a soberania indígena e o enfrentamento do crime na Amazônia.