
Uma ação conjunta das Secretarias de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) resultou na prisão em flagrante de um homem de 60 anos, neste domingo (27), no município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. A prisão ocorreu durante a 62ª fase da Operação Curupira, que tem como foco o combate ao desmatamento ilegal e à exploração criminosa de recursos naturais na Amazônia.
O suspeito, identificado como proprietário de uma área desmatada no Km 46 da BR-163, foi flagrado durante fiscalização portando duas motosserras sem autorização legal. Ao ser abordado, ele ainda tentou subornar os fiscais ambientais com R$ 5 mil para evitar a autuação e apreensão dos equipamentos.
Além das motosserras, uma carregadeira também foi apreendida no local. O homem foi conduzido à Delegacia de Novo Progresso, onde foi autuado por corrupção ativa, associada aos crimes ambientais previstos nos artigos 50 e 51 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98). Ele permanece à disposição da Justiça e deve passar por audiência de custódia.
O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, destacou que a prisão é fruto de uma atuação articulada entre campo e investigação. “Esse flagrante é um reflexo do trabalho contínuo e integrado da Operação Curupira, que não apenas fiscaliza, mas identifica e responsabiliza os verdadeiros autores dos crimes ambientais no Pará”, afirmou.
O diretor de Fiscalização Ambiental da Semas, Tobias Brancher, ressaltou a importância do uso de tecnologia e agilidade na resposta às infrações. “A Semas atua com monitoramento por imagens de satélite e vistorias técnicas para garantir que alertas de desmatamento recebam resposta imediata. A prisão demonstra que o Estado está atento e atuante na proteção do meio ambiente”, afirmou.

Operação Curupira
Lançada em fevereiro de 2023, a Operação Curupira mantém três bases fixas nos municípios de São Félix do Xingu, Novo Progresso e Uruará. Desde então, a operação já contabiliza mais de 2.260 fiscalizações, 90 prisões em flagrante, 27 fianças arbitradas, 52 inquéritos instaurados, 220 autos de infração, 58 termos circunstanciados de ocorrência (TCOs) e a apreensão de mais de 200 armas e 679 munições.
A operação é conduzida de forma integrada pelas equipes da Segup, Semas, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros Militar, com o objetivo de reforçar a presença do Estado em áreas críticas e garantir a preservação da floresta Amazônica frente à atuação de crimes ambientais.