MARAJÓ

Operação 'Crepitus' combate série de crimes em Chaves

Gaeco e Polícia Civil realizam buscas e apreensões que visam desvendar crimes de fraude, homicídio culposo e lesão corporal.

Operação ‘Crepitus’ combate série de crimes em Chaves Operação ‘Crepitus’ combate série de crimes em Chaves Operação ‘Crepitus’ combate série de crimes em Chaves Operação ‘Crepitus’ combate série de crimes em Chaves
Agentes em ação em um dos postos de combustíveis com venda de gás irregular. Foto: Divulgação
Agentes em ação em um dos postos de combustíveis com venda de gás irregular. Foto: Divulgação

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (Decor), deflagraram a Operação “Crepitus” nesta quarta-feira (11), no município de Chaves, no Arquipélago do Marajó, para apurar crimes de fraude à licitação, homicídio culposo, lesão corporal grave e crime ambiental.

Expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA), os três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Chaves, em decorrência de um acidente, em 2021, quando a embarcação “Comandante Lauro” explodiu no Porto do Miri, no município marajoara, e duas pessoas morreram e quatro ficaram gravemente feridas.

Para o titular da Decor, delegado Tainan Carqueija, “este caso exemplifica como o desvio de verbas públicas pode causar danos diretos à vida e à saúde da coletividade. Se a licitação tivesse corrido dentro da legalidade, provavelmente não teria ocorrido a explosão e as vidas teriam sido preservadas”, ressaltou.

Também atendendo à determinação do Ministério Público, a Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) realizou ações de fiscalização sobre denúncias de crimes ambientais. No município, durante as diligências, foi fiscalizada a suposta retirada ilegal de areia, praticada, segundo a denúncia, por órgão municipal de Chaves.

Policiais civis da Decor e Demapa, e membros do Gaeco constataram ainda que dois postos de combustíveis apresentavam diversas irregularidades, como ausência de autorização de funcionamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o acondicionamento irregular nas dependências de botijões de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), passíveis de apreensão.

Entre os itens apreendidos durante o cumprimento das ordens judiciais estão aparelhos celulares dos investigados, diversos documentos relevantes para prova de autoria do crime. Todos os objetos serão submetidos à perícia, para dar prosseguimento às investigações.