TRABALHO ESCRAVO

Oito trabalhadores são resgatados em carvoaria no interior do Pará

Uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) encontrou oito trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma carvoaria no município de Dom Eliseu

Oito trabalhadores são resgatados em carvoaria no interior do Pará Oito trabalhadores são resgatados em carvoaria no interior do Pará Oito trabalhadores são resgatados em carvoaria no interior do Pará Oito trabalhadores são resgatados em carvoaria no interior do Pará
Uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) encontrou oito trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma carvoaria no município de Dom Eliseu
Uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) encontrou oito trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma carvoaria no município de Dom Eliseu

Uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) encontrou oito trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma carvoaria no município de Dom Eliseu, no Pará. A ação, iniciada no dia 2 de setembro, abrangeu os estados do Maranhão e Pará, e contou com a participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Defensoria Pública da União (DPU), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os trabalhadores resgatados não possuíam carteira assinada ou vínculo formal. A carvoaria funcionava sem recolhimento de encargos trabalhistas, previdenciários ou fiscais. As condições de trabalho eram extremamente degradantes: os alojamentos improvisados eram feitos de lona e madeira, com chão de terra batida. Não havia água potável, banheiros ou qualquer estrutura sanitária adequada. A equipe de fiscalização também observou a ausência de medidas de segurança e de equipamentos de proteção individual (EPIs), além da falta de exames médicos admissionais.

Diante das irregularidades, o empregador foi notificado a paralisar as atividades imediatamente, rescindir os contratos de trabalho e pagar os direitos rescisórios dos trabalhadores, somando R$ 64.655,97. No entanto, o pagamento não foi feito integralmente devido à alegada falta de recursos. O caso foi encaminhado ao MPT e à DPU para adoção de medidas judiciais.

Além disso, os trabalhadores resgatados receberam Guias de Seguro-Desemprego, garantindo o direito a três parcelas de um salário mínimo (R$ 1.412). A fiscalização resultou na emissão de cerca de 35 autos de infração.