Em 2022, a Conferência do Clima das Nações Unidas foi realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito, em um cenário de eventos climáticos extremos em todo o mundo, além de uma crise de energia impulsionada pela guerra na Ucrânia e dados mostrando que o mundo não está fazendo o suficiente para combater as emissões de carbono e proteger o futuro do planeta.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que a COP27 resultaria em soluções climáticas que correspondam à escala do problema.
A sigla significa Conferência das Partes da Convenção do Clima, e ela acontece anualmente. As COPs são as maiores e mais importantes conferências anuais relacionadas ao clima do planeta.
Tudo teve início há 20 anos, em 1992, quando a ONU organizou a ECO-92, no Rio de Janeiro. O evento marcou a adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Na ocasião também foi criado o Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU.
Através desta convenção, as nações concordaram em “estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera para evitar interferências perigosas da atividade humana no sistema climático”. Até agora, 197 partes assinaram o documento.
Desde 1994, quando o tratado entrou em vigor, todos os anos a ONU vem reunindo quase todos os países do planeta para cúpulas climáticas globais ou “COPs”, que significa “Conferência das Partes”. Este ano marca a 27ª cúpula anual, ou COP27.
Durante essas reuniões, as nações negociaram várias extensões do tratado original para estabelecer limites juridicamente vinculativos para as emissões. Por exemplo, o Protocolo de Kyoto em 1997 e o Acordo de Paris adotado em 2015, no qual todos os países do mundo concordaram em intensificar os esforços para tentar limitar o aquecimento global a 1,5°C acima das temperaturas pré-industriais e aumentar o financiamento da ação climática.
Conferência de 2021
A COP26, em 2021, que marcou cinco anos desde a assinatura do Acordo de Paris, culminou no Pacto do Clima de Glasgow, que manteve viva a meta de conter o aquecimento global a 1,5 º C.
Avanços foram feitos para tornar o Acordo de Paris totalmente operacional, finalizando os detalhes para sua implementação prática, também conhecido como Livro de Regras de Paris.
Também durante a COP26, os países concordaram em entregar compromissos mais fortes em 2022, incluindo planos nacionais atualizados com metas mais ambiciosas. No entanto, apenas 23 dos 193 países apresentaram seus planos à ONU.
Em Glasgow também houve muitas promessas feitas dentro e fora das salas de negociação em relação a compromissos para zerar emissões (net-zero), proteção de florestas e financiamento climático, entre muitas outras questões.
Já em 2022, entre os grandes objetivos da COP estava a mitigação das emissões de gases do efeito estufa, que geram as mudanças climáticas. A mitigação significa o uso de novas tecnologias e fontes de energia renováveis, tornando os equipamentos mais antigos mais eficientes em termos energéticos ou mudando as práticas de gestão ou o comportamento do consumidor.
BELÉM VAI SEDIAR EVENTO EM 2025
Belém, capital do Estado do Pará, será a sede da 30ª Edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). A informação foi confirmada em vídeo publicado, na tarde desta sexta, 26 de maio, nas redes sociais e o anúncio foi feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do governador Helder Barbalho e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Esta será a primeira vez que uma cidade brasileira sedia o evento internacional, considerado um dos mais relevantes do mundo sobre o tema.
A deliberação foi feita pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), no dia 18 deste mês de maio, após Lula, ainda como presidente eleito e, também, durante a COP 27, em novembro de 2022, na cidade de Sharm El-Sheik, no Egito. Lula apresentou o Brasil para sediar a reunião numa capital amazônica. Helder, também presente àquela edição da Conferência, então pediu ao presidente da República que Belém fosse a anfitriã da COP 30. A programação da COP 30 está prevista para novembro de 2025. (Com informações das Nações Unidas Brasil)