Pará

O que faz o presidente de uma COP? Conheça as funções de André Lago

Presidente da COP30 será o Embaixador André Corrêa do Lago. Descubra como o Brasil está se preparando para a conferência,

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Embaixador André Correa no Palácio do Planalto. Na foto (da esquerda para a direito): Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; Embaixador André Corrêa, e Ministra das Relações Exteriores substituta, Maria Laura da Rocha. Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Embaixador André Correa no Palácio do Planalto. Na foto (da esquerda para a direito): Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; Embaixador André Corrêa, e Ministra das Relações Exteriores substituta, Maria Laura da Rocha. Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Governo Brasileiro anunciou que, por decisão do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidência da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30 da UNFCCC) será assumida pelo Embaixador André Corrêa do Lago, atual Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Ana Toni, atual Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, será a Diretora-Executiva (CEO) da COP30.

A escolha do Embaixador Corrêa do Lago, reconhecido negociador com ampla experiência em questões climáticas, reflete o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável e fortalece sua liderança nas negociações internacionais sobre o clima. O anúncio também marca um passo decisivo na preparação da conferência, que ocorrerá em Belém, no estado do Pará, em novembro de 2025.

Papel do Presidente da COP:

O presidente da COP tem a função de mediar as negociações entre os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), buscando promover consensos e garantir compromissos ambiciosos. Embora indicado pelo país-sede, o presidente deve atuar de maneira imparcial, conduzindo a conferência de acordo com regras previamente estabelecidas. O trabalho do presidente começa meses antes do evento, com foco em escuta ativa e articulação entre as partes envolvidas.

Embora a presidência formal da COP ainda esteja sob responsabilidade do Azerbaijão até o início da 30ª Conferência, o Brasil, como presidência designada, já lidera os esforços para garantir o sucesso das negociações, facilitando o diálogo entre países e outras partes interessadas.

Sobre o Presidente da COP30:

André Corrêa do Lago é formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ingressou na carreira diplomática em 1982. Com uma trajetória de destaque no Brasil e no exterior, ele atuou em áreas como energia, clima e meio ambiente, representando o país perante organismos internacionais e em negociações climáticas. Foi negociador-chefe do Brasil em diversas conferências ambientais e climáticas, incluindo a Rio+20. Em suas missões diplomáticas, serviu em Madri, Praga, Washington, Buenos Aires e Bruxelas, além de ter sido embaixador no Japão (2013-2018) e na Índia (2018-2023). Desde março de 2023, é Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty e atuou como negociador-chefe nas COP28 (Dubai) e COP29 (Baku).

Sobre a Diretora-Executiva da COP30:

Ana Toni é economista e doutora em Ciência Política, com uma vasta trajetória dedicada à promoção de políticas públicas para a justiça social, o meio ambiente e a mudança do clima. Foi diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS) entre 2015 e 2022, presidente do Conselho do Greenpeace Internacional (2010-2017), e ocupou cargos de liderança na Fundação Ford no Brasil (2003-2011) e na ActionAid Brasil (1998-2002). Além disso, foi conselheira de diversos grupos e organizações, como o Grupo Gold Standard e o Fundo Baobá para Equidade Racial. Ana Toni também integra a Rede de Mulheres Brasileiras Líderes pela Sustentabilidade.

Com estas designações, o Brasil reafirma seu papel de liderança global no combate à mudança climática, reforçando seu compromisso com um futuro sustentável.