Pará

Naufrágio: Lancha apresentou problemas uma semana antes

Naufrágio: Lancha apresentou problemas uma semana antes

O naufrágio da lancha Dona Lourdes II, que fazia uma viagem clandestina entre o Porto de Camará, na Ilha do Marajó, e Belém, resultou na morte de 22 pessoas. A tragédia causou comoção no Pará e no Brasil e após 17 dias dias do ocorrido, tem surgido novos fatos em relação ao acidente.

Passageiros que viajaram na lancha “Dona Lourdes II” uma semana antes do naufrágio nas proximidades da ilha de Cotijuba contam que a embarcação teria apresentado problemas no sistema de hélice. E, enquanto foi verificar o que tinha acontecido, Marcos de Souza Oliveira deixou a esposa dele no comando da lancha, que teria ficado desgovernada no meio do rio, durante o mesmo trajeto Camará-Belém.

Diante desses acontecimentos, para o advogado criminalista Marco Pina, que trabalha na defesa de uma mulher que perdeu o marido e a filha, o naufrágio foi uma “tragédia anunciada”. “Uma semana antes deste trágico naufrágio esta mesma lancha, que vitimou até agora, vinte e duas pessoas, fez um trajeto Caramá-Belém, mesmo não sendo autorizada a sair do porto de Camará. Não sei quem está por trás disso. E, nesse trajeto, uma semana antes do acontecido, viajou nessa lancha, pilotada pelo mesmo comandante que está preso hoje, viajou uma prima da senhora que me contratou e perdeu dois entes queridos”, iniciou Marco Pina.

Bombeiros continuam buscas no interior da lancha naufragada

Naufrágio: Segup publica licitação para retirada de lancha 

 “A prima relatou que a lancha deu problema na hélice. O dito piloto deixou o comando da lancha com a sua esposa, que não deve ser habilitada, enquanto ele foi resolver o problema da hélice. E, segundo a prima desta senhora, enquanto a condução da lancha era feita pela esposa do Marcos, a lancha ficou desgovernada, porque a esposa do Marcos não tem habilitação e não sabia conduzir. Tudo isso é para vocês verem que foi uma tragédia anunciada o que aconteceu. É muita irresponsabilidade do piloto deixar a sua esposa conduzir uma lancha conduzindo pessoas. Era uma tragédia anunciada”, defendeu Pina.