Pará

Na reabertura, Bosque celebra 139 anos com grande público

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Na reabertura, Bosque celebra 139 anos com grande público

O Bosque Rodrigues Alves está de volta. Na última quinta-feira (25), um dos principais cartões-postais da capital paraense completou 139 anos de existência.

Para comemorar a longevidade e importância do parque, considerado como santuário da fauna e flora da Amazônia, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), reabriu os portões para a visitação do público.

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Durante esta semana, os visitantes podem contar com uma programação especial de aniversário.

Em novembro de 2021, o espaço foi fechado para uma reforma depois de um longo período de abandono pelas gestões municipais anteriores.

Durante todo o período de fechamento, o Bosque recebeu revitalização em diversos pontos, como as calçadas, muros e grades, manutenção da iluminação externa e revitalização do Lago da Iara, espaço em que ficam os peixes e são realizados os tradicionais passeios de barco. Ainda assim, alguns espaços seguem em reforma.

Segundo o titular da Semma, Sérgio Brazão, o Bosque passou por um processo de readequação generalizada.

No período de dez meses foi feito o diagnóstico e a retirada de 30 vegetais que ameaçavam cair, a recuperação dos lagos dos peixes e quelônios, pintura das dependências dos animais, além da reforma e realocação dos permissionários visando a melhor gestão de todo o resíduo sólido produzido nas dependências do parque.

Todo o esforço foi feito para preservar a importância que o espaço tem para o bairro. “A área verde que está aqui é uma área preservada de 139 anos atrás. Então, ela é um fragmento da Amazônia que deve ser preservado porque é específico dessa região. A gente só coloca espécies que são específicas desse local, coleta semente e produz a muda aqui mesmo para manter as que caem ou são retiradas. Isso tudo visa preservar a identidade botânica desse local e as pessoas também podem vir usufruir desse conhecimento”, explicou o secretário.

Segundo o diretor geral do Bosque Rodrigues Alves, Alexandre Mesquita, a programação especial de comemoração do 139º aniversário foi pensada como forma de viabilizar ao público um contato maior com o espaço verde.

“A gente pensou essa programação, já terminamos a conclusão do laudo da perícia da Polícia Científica. Então, a partir disso, a gente teve segurança em abrir o Bosque para população, em que a gente visava a preservação da nossa fauna. A partir de hoje a gente está com uma programação especificamente interna com algumas atividades como yoga, aulão de ginástica, exposição de abelhas, exposição de serpente, educação ambiental. Isso vai ser para proporcionar para o público a questão da educação ambiental e o aproveitamento desse espaço que a gente tem na cidade”, disse.

VISITANTES

A reabertura do Bosque Rodrigues Alves proporcionou uma das primeiras idas de Júlia, de dois anos. Para a engenheira Larissa Santana, 39, o espaço traz uma lembrança afetiva de quando era criança. Agora, ela pretende passar a tradição para os filhos.

“Aqui em Belém ainda é muito pobre de ambientes para criança, ainda mais com árvores, com sombra. Fazia falta mesmo. O Museu já voltou a funcionar, só faltava aqui. Tenho uma relação de afeto pelo Bosque, tenho foto nos cavalinhos e agora quero passar isso para os meus dois filhos. Todo final de semana que a gente procura uma programação fora de casa, agora tem mais aqui para vir”, comentou.

Há quase 40 anos, Luiz Carlos Dias, 59, trabalha fotografando no parque, sendo o responsável pela tradicional foto com os cavalinhos. Com o fechamento do Bosque, o fotógrafo sentiu o impacto no bolso, mas também sentiu falta do contato com a população.

“A retomada está sendo muito boa. O público vai ficar mais satisfeito com a organização que está sendo feita porque antes ele estava bastante deteriorado. Vai melhorar mais porque o público quer ver as atrações, então vai ficar bem mais movimentado. Eu dependo 70% do Bosque, então isso vai ser bom para a retomada da minha renda”, afirmou.