Pará

Muitos filhos deixaram para comprar o presente de última hora

Rafaela já garantiu o presente da mãe, enquanto outros ainda procuravam algo para a data

Foto: Antônio Melo
Rafaela já garantiu o presente da mãe, enquanto outros ainda procuravam algo para a data Foto: Antônio Melo

Ana Laura Costa

Aproximadamente 13,7 milhões de brasileiros devem deixar para comprar o presente das mães em cima da hora, segundo estimativa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise. Ainda de acordo com o levantamento, a data deve levar 128 milhões de brasileiros às compras, com uma movimentação de R$40,21 bilhões no comércio e serviços.

O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta para a importância de o consumidor manter o planejamento dos gastos. “Para garantir os presentes, muitas pessoas acabam recorrendo ao parcelamento de forma impensada ou compram o produto na primeira loja que visitam. O recomendado é estabelecer um limite para os gastos e sair de casa com o dinheiro contado. Isso ajuda a evitar que o consumidor gaste além do valor previsto”, afirma.

Apesar disso, o movimento de pessoas no Centro Comercial de Belém na sexta-feira (10) foi abaixo do esperado para alguns comerciantes. Numa loja de eletrodomésticos, situada na rua Treze de Maio, o gerente Cleber Pontes, 44 anos, acredita que os clientes, nesses últimos momentos antes de comprar o presente, dirigem-se para lojas de outros ramos. “Então, o fluxo de clientes esse ano foi abaixo da expectativa, alguns fatores como crédito na praça também acabam influenciando”, destaca.

SHOPPING

Por outro lado, nas lojas de maquiagens e bijuterias, assim como de decoração e lojas de materiais para artesanato, o fluxo de clientes era mais intenso. A artesã Rafaela Cruz, 31, comenta que já havia comprado o presente de dia das mães, mas aproveitou a data para faturar e comprar tecidos e bastidores para bordar, confeccionar os produtos e revender. “Eu até me assustei porque não tem muita gente, achei que ia encontrar o comércio cheio, mas é até melhor assim”, disse.

Já num shopping da capital, situado na travessa Padre Eutíquio, o movimento era maior e os consumidores que deixaram para última hora tiveram que ter mais paciência. Em uma sapataria situada no primeiro piso, Naiane Vieira, 22, observava os modelos que poderiam cair no gosto da matriarca. “Minha mãe é bem indecisa, por isso deixei para o último momento, para saber o que ela realmente queria e comprar algo que ela fosse usar, aí ela escolheu entre um tênis ou rasteira, agora vou comprar”, comentou.

O estudante Vinícius Queiróz, de 17 anos, também estava à procura do presente perfeito para a mãe, por isso deixou para os últimos momentos. Segundo ele, a preocupação era comprar algo que ela não usasse ou fosse útil, então, resolveu pesquisar um pouco mais. “Nos outros anos comprei coisas genéricas e ela nem usou. Dessa vez quero fazer diferente, então descobri que ela havia gostado de um vestido específico em uma das lojas aqui e decidi vir hoje comprar”.