PROVIDÊNCIAS

MP aciona Equatorial Pará após apagão de 16h em Curralinho

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ajuizou nesta quarta-feira (30) uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Equatorial Pará Distribuidora de Energia S.A.

MP aciona Equatorial Pará após apagão de 16h em Curralinho MP aciona Equatorial Pará após apagão de 16h em Curralinho MP aciona Equatorial Pará após apagão de 16h em Curralinho MP aciona Equatorial Pará após apagão de 16h em Curralinho
O apagão já ultrapassa 16 horas e compromete o funcionamento de serviços essenciais, segundo o MPPA.
O apagão já ultrapassa 16 horas e compromete o funcionamento de serviços essenciais, segundo o MPPA.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da Promotoria de Justiça de Curralinho, ajuizou nesta quarta-feira (30) uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Equatorial Pará Distribuidora de Energia S.A. em razão da interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica no município. O apagão já ultrapassa 16 horas e compromete o funcionamento de serviços essenciais, segundo o MPPA.

Segundo a ACP (processo nº 0800355-81.2025.8.14.0083), o fornecimento foi interrompido por volta das 18h da terça-feira (29), sem aviso prévio ou explicação aos consumidores. A falha tem afetado hospitais, postos de saúde, sistemas de abastecimento de água e causado graves transtornos à população local.

A ação é resultado do Inquérito Civil nº 06.2024.00001506-1, instaurado para investigar as reiteradas falhas no fornecimento de energia na cidade. Diante da nova interrupção, o MPPA considerou urgente judicializar a questão.


Ações Legais e Reivindicações do MPPA

🧾 Pedido de tutela de urgência

Na petição inicial, o promotor de Justiça Pablo Michel de Melo Souza solicita, em caráter liminar, que a Justiça determine à concessionária:

  • O restabelecimento imediato do fornecimento de energia no prazo de até 4 horas, conforme a Resolução nº 1.000/2021 da ANEEL;
  • A manutenção regular do serviço, com todos os reparos necessários;
  • A fixação de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

💰 Pedido de indenização e obrigações estruturais

Além da medida urgente, o MPPA requer a condenação da Equatorial Pará ao pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo, a ser destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. A ação também exige que a empresa:

  • Apresente um plano de contingência para interrupções de energia em até 30 dias;
  • Realize manutenção preventiva periódica na rede local;
  • Implemente um canal de comunicação efetivo com os consumidores sobre falhas e previsões de restabelecimento;
  • Envie relatórios mensais de interrupções por 12 meses.

📌 “Grave falha na prestação de serviço”, diz MP

O promotor Pablo Souza enfatizou que o fornecimento de energia é um serviço público essencial. A interrupção prolongada, sem justificativa ou comunicação adequada, representa uma falha grave que compromete a dignidade e qualidade de vida da população.

O caso tramita na Vara Única da Comarca de Curralinho.

O que diz a Equatorial

A Equatorial Pará informa que o fornecimento de energia elétrica em Curralinho, na ilha do Marajó, foi normalizado às 11h43, desta quarta-feira, 30. A interrupção do serviço foi causada por descargas atmosféricas.

Técnicos da distribuidora percorreram, com sobrevoo de helicóptero e lancha, o circuito que atende o município para encontrar a causa da falta de energia e não mediram esforços para normalizar o serviço, no menor tempo possível.