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Monkeypox: após 123 casos, Pará recebe primeiro lote de vacina

O Ministério da Saúde prevê um contrato com 60 milhões de doses da vacina contra a Covid para imunizar grupos prioritários em 2024. Foto: Divulgação
O Ministério da Saúde prevê um contrato com 60 milhões de doses da vacina contra a Covid para imunizar grupos prioritários em 2024. Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) recebeu, do Ministério da Saúde (MS), o primeiro lote, com 747 doses de vacinas Jynneos, destinada à imunização contra a varíola causada pelo vírus monkeypox (Mpox). Serão vacinados grupos prioritários elegíveis, já que a vacina será ministrada em duas doses (D1 e D2), com intervalo mínimo de 28 dias, sendo indicada para uso em profilaxia pré e pós-exposição ao vírus. O Ministério da Saúde não recomenda o uso desta vacina para imunização em massa da população.

O público-alvo elencado pelo MS envolve pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA): homens cisgêneros (que se identificam como homens), travestis e mulheres transexuais que tenham idade igual ou superior a 18 anos e status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células, nos últimos seis meses.

Também fazem parte desse público profissionais do Laboratório Central do Estado (Lacen) que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em ambientes com nível de biossegurança 3 (NB-3), na faixa etária de 18 a 49 anos.

A Sespa anunciará o recebimento das doses na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que ocorrerá na sede da Secretaria, em Belém, na tarde desta quinta-feira (16). A distribuição das primeiras 709 vacinas ocorrerá mediante o que for pactuado com os secretários municipais de Saúde na reunião.

Outras 38 doses ficarão disponíveis para o atendimento de pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções de pessoas suspeitas ou confirmadas para Mpox. Pessoas com diagnóstico para doença e/ou com lesões suspeitas não poderão receber a vacina. O imunobiológico foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial, com a finalidade de bloquear a transmissão da doença.

Pará registra 123 casos

A Mpox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. A infecção causa erupções, que geralmente se desenvolvem pelo rosto e se espalham para outras partes do corpo. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

Até o último dia 13 de março foram confirmados 123 casos de Mpox no Pará, em pessoas residentes em Belém (85), Ananindeua (20), Santarém (04), Marituba (03), Parauapebas (02), Barcarena (01), Paragominas (01), Marabá (01), Acará (01), Benevides (01), Itaituba (01), Portel (01), Vigia de Nazaré (01) e Castanhal (01).

Outros 144 casos foram descartados. Não há ocorrências sendo em investigadas. Um óbito foi confirmado em Belém. O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias municipais de Saúde.