Pará

Ministro Jader Filho entregará 222 residências em Abaetetuba

O titular do Ministério das Cidades esteve ontem no município para acompanhar a retomada das obras do Residencial Angelim. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
O titular do Ministério das Cidades esteve ontem no município para acompanhar a retomada das obras do Residencial Angelim. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Ana Laura

Após sua extinção no último governo, o maior programa habitacional do país, “Minha Casa, Minha Vida”, volta para proporcionar moradia digna a pessoas de baixa renda, visando assegurar um dos direitos básicos de todos: a habitação.

Nesta retomada, 222 unidades habitacionais do residencial Angelim, no bairro do Jarumã, em Abaetetuba, serão entregues até maio. O ministro das Cidades, Jader Filho, esteve no local ontem (24) para conferir o retorno das obras e garantir que o direito à moradia digna seja uma realidade para muitas famílias do município.

“Essa obra foi iniciada em 2012, onze anos depois estamos aqui para continuar esse projeto. Aqui, será a primeira entrega do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ após a sua retomada. Vamos trabalhar para que esse momento chegue o quanto antes, para que os nossos irmãos estejam morando dignamente neste residencial”, afirmou o ministro.

O ministro das Cidades, Jader Filho, esteve no local ontem (24) para conferir o retorno das obras e garantir que o direito à moradia digna seja uma realidade para muitas famílias do município. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Jader Filho ainda ressaltou que, além de dar moradia às pessoas, fazer a roda da economia girar também é importante para que a geração de emprego e renda seja retomada nesta conjuntura, além de ser considerada uma prioridade pelo presidente Lula. Para fortalecer a economia do município, os materiais necessários para a construção, acabamentos e reformas, serão todos adquiridos no comércio local.

OUTEIRO

Neste sábado (25), o ministro das Cidades estará em Outeiro, distrito de Belém, para participar da cerimônia de relançamento do Minha Casa, Minha Vida na capital paraense, marcando a retomada das obras do Residencial Viver Outeiro, que foram iniciadas em 2014.

“Nós precisamos retomar porque essas moradias são casas de pessoas que moram em áreas de risco, pessoas que pagam aluguel mesmo sem ter condições ou estão em situação de rua, e essa realidade não pode continuar. Vamos enfrentar este déficit habitacional e novos projetos serão entregues não só em Abaetetuba e Outeiro, mas em todo o Estado”, disse o ministro.

A prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho, que acompanhou a visita do ministro das Cidades, comentou que o programa e a entrega das residências, representa o respeito aos direitos da população, além de resgatar sua dignidade.

“Quando você garante direito à moradia, você garante um direito básico. E isso é respeitar a vida de pessoas que precisam do programa, que merecem ter o sonho da casa própria realizado. Quero aproveitar também para parabenizar o ministro que, desde o início, manteve as portas abertas de seu gabinete para que pudéssemos conversar para finalizar as obras paradas e dar andamento a novos projetos no âmbito do programa no município”, encerrou.

Famílias que serão beneficiadas já foram selecionadas

As famílias abaetetubenses que serão beneficiadas com a entrega das moradias no residencial Angelim, já foram selecionadas e avaliadas de acordo com os critérios da Caixa Econômica, que avalia requisitos sociais e de renda. A maioria das famílias contempladas é de baixa renda, com renda bruta familiar mensal de até R $1.800.

No último dia 14 de fevereiro, o presidente Lula assinou uma medida provisória (MP) que recriou o programa de habitação popular e ampliou o limite da primeira faixa de renda para até R$ 2.640.

EXPECTATIVA

Dentre os beneficiados, a dona de casa Benedita de Jesus, 43, aguarda ansiosa pela concretização do sonho da casa própria. Há 5 anos, Benedita passou a morar de aluguel depois que a casa em que viveu por mais de 15 anos com os três filhos, no bairro Francilândia, foi interditada pela Defesa Civil de Abaetetuba. A família teve que se retirar do imóvel porque a área apresentava riscos em consequência dos constantes alagamentos. Emocionada, ela conta que passou por situações muito difíceis e sonhava com o dia que estaria segura com a família, dentro de uma casa que ela poderia chamar de sua.

“Estou esperando a tanto tempo por isso, passei por tanta coisa, tanta humilhação. Agora estou muito feliz por saber que o dia pelo qual tanto esperei está chegando, está praticamente tudo pronto! É o início de uma vida nova, com certeza”, alega.