
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitou nesta quarta-feira (19) as obras do Parque da Cidade, em Belém, construído pelo Governo do Pará para receber representantes de 190 países durante a Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP 30), que será realizada na capital paraense em novembro de 2025.
Acompanhada pela secretária de Estado dos Povos Indígenas, Pyur Tembé, e pela secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, Sônia Guajajara acompanhou uma das obras estruturantes do Estado para o grande evento internacional sobre meio ambiente.
“É a hora da Amazônia falar para o mundo, e não o mundo falar pela Amazônia. E aqui as pessoas vão poder conhecer essa diversidade da Amazônia, e entender o quanto é importante proteger a maior floresta tropical do mundo como uma das grandes contribuidoras para o equilíbrio do clima no planeta. O Brasil espera essa COP para que, daqui, a gente possa ter a participação não só das delegações do mundo todo, mas também o protagonismo dos povos indígenas, das comunidades tradicionais. E que essa possa ser a COP da implementação, onde as decisões, os acordos, podem ser firmados do tamanho que é a emergência que a gente precisa enfrentar”, ressaltou a ministra.
Realidade amazônica
“É um momento histórico em todos os aspectos. É a primeira vez que um evento com a magnitude da COP vem ao Estado do Pará, e nesse momento em que a gente tem um Ministério e uma Secretaria dos Povos Indígenas. Todo mundo está se esforçando para que a gente possa mostrar a Amazônia e a nossa realidade, porque para falar de clima é preciso ouvir os povos indígenas e as comunidades tradicionais que vivem na floresta. E é por isso que o Ministério está aqui hoje, visitando este canteiro de obras, esta iniciativa de várias frentes para fazer com que a COP seja o melhor evento, e com a maior participação da sociedade civil”, ressaltou a secretária Puyr Tembé.
“Os nossos povos originários têm sido professores nessa relação equilibrada com a natureza. É muito importante que nós recebamos, hoje, numa visita especial, a ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, acompanhada da nossa secretária dos Povos Indígenas, Pyur Tembé, para mostrar que esse é um parque que se preocupa com a preservação do meio ambiente, com transplante de árvores para criar sombra, áreas de convivência e espaços que respeitem a nossa forma de viver. É óbvio que esse será um complexo, a princípio, ocupado pela infraestrutura da COP. Mas a COP será uma COP da Amazônia na Amazônia, e este parque será a casa dos povos da Amazônia”, acrescentou a secretária Ursula Vidal.
Centro de debates
Construído em uma área de 500 mil metros quadrados, onde funcionava um aeroporto, o Parque da Cidade é o espaço onde ocorrerão os eventos da COP, e também será um dos grandes legados da conferência para Belém. Após o evento, o Parque será entregue para uso da população.
O projeto final do Parque da Cidade contempla o Museu da Aviação, um Centro de Economia Criativa, o Boulevard Gastronômico, ciclotrilha e ecotrilha, áreas verdes preservadas, lago artificial e instalações esportivas voltadas à promoção da qualidade de vida, lazer, cultura, arte e bem-estar.