Na sessão plenária da Assembleia Legislativa (Alepa) nesta terça-feira, 08, a deputada Marinor Brito (Psol) denunciou mais um crime ambiental cometido pela mineradora Imerys Rio Capim Caulim S/A, em Barcarena: o vazamento de minério de caulim nos rios e igarapés locais, o que põe em risco a saúde da população local.
Moradores de Barcarena denunciam que o vazamento chegou em rios e igarapés da região, chegando a Vila do Conde. O minério estava presente na água usada pela empresa para a limpeza de tubulações deixando-a esbranquiçada. A água contaminada escoou até córregos perto da rodovia PA-483 e ao rio Murucupi.
“Este caso precisa ser solucionado urgentemente, antes que a população sofra ainda mais. O governo precisa ser mais efetivo para garantir a qualidade de vida do povo atingido por estes crimes que já acontecem repetidas vezes, como consta no relatório que irei entregar sobre o incêndio em um galpão da mineradora no ano passado. A população merece ter direito à saúde!”, apelou Marinor, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Alepa
Histórico de violações socioambientais
Este não é o único incidente desta natureza envolvendo a empresa Imerys em Barcarena. Em dezembro do ano passado, os moradores de Vila do Conde e regiões próximas da mineradora apresentaram uma série de problemas respiratórios, além de ardência nos olhos e na garganta após inalarem a fumaça a partir do incêndio de um galpão de produtos químicos da mineradora.
À época em diligência com a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, a deputada Marinor constatou que a Imerys “não estaria preparada para agir em uma situação emergencial como aquela”, além de que estariam operando sem o devido licenciamento ambiental.