Joelson Alves de Souza, 56 anos, suboficial da reserva da Aeronáutica, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 50 anos de reclusão. Ele foi julgado nesta terça-feira, 28, em Belém. Ele respondia por feminicídios consumados contra Jessica Araújo Bezerra Mesquita, 27 anos, então mulher dele há 8 anos, e da amiga dela Tamires Ferreira Abdon, 28 anos.
O crime aconteceu em janeiro de 2021, em um imóvel, na travessa Barão de Mamoré, bairro do Guamá em Belém. O julgamento ocorre 1 ano após a data programada para ser realizada, já que a defesa do réu solicitou exames de sanidade mental. Um laudo emitido pelo Instituto Médico Legal no final do ano atestou que o militar não apresentava sinais compatíveis com diagnóstico de transtorno mental, e o julgamento foi marcado.
Conforme a denúncia, depois de esfaquear as vítimas, o militar escreveu com o sangue delas uma expressão homofóbica, na sala do apartamento onde morava com a jovem. A Polícia encontrou os corpos e as malas de Jéssica arrumadas, além das marcas de sangue nos cômodos.
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Vizinhos relataram que ouviram gritos de terror, mas, por temer o fato do homem ser militar resolveram chamar a polícia. Quando os policiais chegaram o crime já tinha sido consumado.
As jovens foram esfaqueadas e mortas pelo acusado que ao encontrar a mulher fazendo as malas com ajuda da amiga Tamires, passou a atacá-las. Jéssica, que era farmacêutica, tinha decidido pelo fim do relacionamento e tinha comprado uma passagem de volta à cidade natal, Pernambuco.
Nesta terça, jurados reconheceram que réu cometeu duplo homicídio qualificado com agravante de feminicídio no contexto de violência doméstica. As penas somadas de 50 anos de reclusão a cumprir em regime fechado. Foi negado ao réu o direito de apelar em liberdade.
