CONDENAÇÃO

Massacre de Altamira: líder de facção é condenado a 403 anos de prisão

A Justiça condenou acusado de liderar uma facção criminosa envolvida na chacina conhecida como “Massacre do Presídio de Altamira.

Massacre de Altamira: líder de facção é condenado a 403 anos de prisão Massacre de Altamira: líder de facção é condenado a 403 anos de prisão Massacre de Altamira: líder de facção é condenado a 403 anos de prisão Massacre de Altamira: líder de facção é condenado a 403 anos de prisão
A Justiça condenou acusado de liderar uma facção criminosa envolvida na chacina conhecida como “Massacre do Presídio de Altamira.
A Justiça condenou acusado de liderar uma facção criminosa envolvida na chacina conhecida como “Massacre do Presídio de Altamira". Foto: TJPA

Belém e Pará - A Justiça do Pará condenou, nesta quinta-feira (5), Dhonlleno Nunes Amaral, acusado de liderar uma facção criminosa envolvida na chacina conhecida como “Massacre do Presídio de Altamira”. O caso ocorreu em julho de 2019 no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do estado, e resultou na morte de 62 detentos, sendo considerado a segunda maior tragédia carcerária da história do Brasil, atrás apenas do Massacre do Carandiru.

O julgamento foi realizado no Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Belém, após o processo ser transferido de Altamira para a capital. A mudança foi determinada pelo Tribunal de Justiça do Pará devido à ampla repercussão do caso na cidade de origem, o que poderia comprometer a imparcialidade do júri.

Dhonlleno foi condenado por homicídio qualificado, decapitações e motim, mas foi absolvido das acusações de incêndio e dano ao patrimônio público. A pena total foi de 403 anos e seis meses de reclusão em regime fechado, mais dois anos de detenção e 490 dias-multa.

Durante o interrogatório, o réu negou envolvimento na chacina e afirmou ter sido preso por tentativa de homicídio.

Detalhes do Julgamento e Testemunhos

Estavam previstas 23 testemunhas para o julgamento — 10 de acusação e 13 de defesa — mas 16 delas apresentaram depoimentos, todos realizados por videoconferência, por motivos de segurança e logística. Nesta etapa do processo, oito testemunhas foram ouvidas.

Outros Réus e Condenações

Dhonlleno Nunes Amaral é o segundo réu julgado pelo massacre. Em setembro de 2024, Luziel Barbosa foi condenado a mais de 396 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. Ao todo, cinco pessoas respondem pelos crimes relacionados à chacina.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.