A cobertura vacinal é uma barreira essencial na prevenção de doenças infecciosas e na proteção da saúde pública. Os baixos índices de vacinação em várias regiões do Brasil e do mundo podem ser porta de entrada para o retorno de enfermidades antes controladas, como o sarampo e a poliomielite. Garantir altas taxas de imunização é fundamental não apenas para proteger indivíduos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas, mas também para evitar colapsos nos sistemas de saúde. A conscientização e o acesso facilitado às vacinas são pilares indispensáveis para manter a sociedade segura e saudável.
De acordo com Jaíra Ataíde, coordenadora de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), as vacinas são pensadas a partir da magnitude de tal doença em um grupo populacional, levando em consideração os riscos de complicações, sequelas e taxa de mortalidade. Dessa forma, os imunizantes são produzidos como estratégia coletiva de prevenção com o objetivo de munir o sistema imunológico contra doenças mais prevalentes.
A vacinação evita os riscos de complicações e mortes ainda na primeira infância, com a aplicação da BCG, após o nascimento. A faixa etária mais suscetível a doenças são pessoas nos extremos da idade, como idosos e crianças. Um lado tem o sistema imunológico imaturo, enquanto o outro o sistema imune já não responde prontamente. Ao todo, são cinco calendários de vacinação existentes no Brasil: Calendário Nacional de Vacinação das Crianças, dos Adolescentes, dos Adultos, de Gestantes e do Idoso.
“[A importância de manter o calendário vacinal atualizado é] garantir a proteção contra determinadas doenças ofertadas pelo SUS. Na constituição das vacinas, sempre temos o antígeno-a, parte do agente causador da doença que já foi tratado e não possui a capacidade de provocar a doença. Mas tem a capacidade de provocar o organismo simulando uma infecção. O organismo reage fabricando a sua defesa contra a agressão A partir daí, após uma série de processos no interior do organismo dessa pessoa, ele guarda a informação desse agente agressor e quando for invadido em qualquer momento tem a quantidade de anticorpos suficientes para neutralizar e eliminar o agente agressor”, esclarece Ataíde.
Entre todas as faixas etárias, os adolescentes e adultos apresentam certa dificuldade em manter a cobertura vacinal em dia. Apesar de crianças e idosos serem mais suscetíveis a sintomas mais graves, a coordenadora de Imunizações da Sespa afirma que qualquer pessoa que não tem proteção vacinal está sujeita ao agravo evitado pelos imunizantes. Por isso, é importante seguir “os vários calendários de vacinas, com doses de reforço ou outras necessidades mais específicas de cada grupo etário”, orienta.
CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO DAS CRIANÇAS
l Idade: ao nascer
Vacina: BCG / Hepatite B (recombinante)
Doenças evitadas: Formas graves da tuberculose (miliar e meníngea); Hepatite B
Dose: Única
l Idade: 2 meses
Vacina: Adsorvida Difteria, Tétano, pertussis, Hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada) – (Penta)
Dose: 1a dose
Doenças evitadas: Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B
l Idade: 2 meses
Vacina: Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) – (VIP) Poliomielite
Dose: 1a dose
Doenças evitadas: Poliomielite
l Idade: 2 meses
Vacina: Pneumocócica 10-valente (Conjugada) – (Pneumo 10)
Dose: 1a dose
Doenças evitadas: Infecções invasivas (como meningite e pneumonia) e otite média média aguda, causadas pelos 10 sorotipos de Streptococus pneumoniae
l Idade: 2 meses
Vacina: Rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) – (VRH)
Dose: 1a dose
Doenças evitadas: Diarreia por rotavírus (Gastroenterites)
l Idade: 3 meses
Vacina: Meningocócica C (conjugada) – (Meningo C) Doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C
Dose: 1a dose
Doenças evitadas: Doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C
l Idade: 4 meses
Vacina: Adsorvida Difteria, Tétano, pertussis, Hepatite B (recombinante) e AHaemophilus influenzae B (conjugada) – (Penta)
Dose: 2a dose
Doenças evitadas: Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B
l Idade: 4 meses
Vacina: Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) – (VIP)
Dose: 2a dose
Doenças evitadas: Poliomielite
l Idade: 4 meses
Vacina: Pneumocócica 10-valente (Conjugada) – (Pneumo 10)
Dose: 2a dose
Doenças evitadas: Infecções invasivas (como meningite e pneumonia) e otite média média aguda, causadas pelos 10 sorotipos de Streptococus pneumoniae
l Idade: 4 meses
Vacina: Rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) – (VRH)
Dose: 2a dose
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l Idade: 5 meses
Vacina: Meningocócica C (conjugada) – (Meningo C)
Dose: 2a dose
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