PARCERIA

Mangal das Garças e Museu Catavento se unem para preservação de borboletas

Renovação da parceria reforça o protagonismo do Parque Zoobotânico Mangal das Garças como referência nacional na preservação de borboletas.

Foto: Bruno Cecim/Ag. Pará
Foto: Bruno Cecim/Ag. Pará

O Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, acaba de renovar uma importante parceria com o Museu Catavento, de São Paulo, com foco na conservação e reprodução de borboletas em cativeiro. A cooperação entre os dois borboletários, iniciada há cerca de uma década, ganha novo fôlego com o intercâmbio de espécies e conhecimentos técnicos, visando garantir a diversidade genética e a sustentabilidade das populações mantidas em ambientes controlados.

A retomada do intercâmbio inclui a troca de espécimes da Caligo illioneus, popularmente conhecida como “olho-de-coruja”. Foi justamente essa espécie que deu início à parceria entre as instituições, quando o Mangal enviou matrizes ao Catavento para auxiliar na criação do borboletário paulista. Desde então, a reprodução da espécie tem se mantido com sucesso em São Paulo.

Segundo o biólogo Basílio Guerreiro, do Mangal das Garças, essas trocas são essenciais para a saúde das populações mantidas em cativeiro. “Em ambientes fechados, é comum o cruzamento entre indivíduos da mesma linhagem, o que pode comprometer a saúde das borboletas. Com a troca entre instituições, conseguimos renovar a população e garantir a sobrevivência das espécies ao longo do tempo”, explica.

Rede nacional de colaboração

O reencontro entre os dois espaços foi articulado no fim de 2023, a partir da iniciativa da bióloga Maristela Zamoner, que promoveu a formação de uma rede nacional de borboletários. A proposta é reunir diferentes instituições brasileiras para troca de experiências e boas práticas. Como resultado desse esforço coletivo, foi lançado um livro com contribuições de cada borboletário participante – entre eles, o Mangal das Garças.

Como parte do novo ciclo da parceria, o Museu Catavento ofereceu ao Mangal exemplares da Caligo illioneus, espécie que havia sido perdida pelo borboletário paraense há cerca de dois anos. Em contrapartida, o Mangal se comprometeu a enviar uma nova espécie à instituição paulista em breve.

Visita Técnica e Homenagem

Em junho deste ano, uma equipe técnica do Catavento, liderada pela bióloga Maiara Bezerra, visitará Belém para conhecer de perto os métodos de manejo utilizados pelo Mangal. Já em agosto, durante as comemorações pelos 10 anos de funcionamento do borboletário do Museu Catavento, o Mangal das Garças será homenageado como parceiro fundamental na implantação do espaço.

A renovação da parceria reforça o protagonismo do Parque Zoobotânico Mangal das Garças como referência nacional na preservação de borboletas e um agente ativo na construção de redes de colaboração científica voltadas à conservação da biodiversidade brasileira.