SUS MAIS FORTE

Mais médicos e menos fila: Pará ganha reforço no SUS com dois novos hospitais

Hospitais privado e filantrópico do Pará vão ampliar oferta de atendimento aos pacientes do SUS pelo programa Agora Tem Especialistas

Hospitais privado e filantrópico do Pará vão ampliar oferta de atendimento aos pacientes do SUS pelo programa Agora Tem Especialistas
Hospitais privado e filantrópico do Pará vão ampliar oferta de atendimento aos pacientes do SUS pelo programa Agora Tem Especialistas

Os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Pará contarão com novos reforços para ampliar a oferta de serviços de saúde no estado. Os hospitais Beneficente Portuguesa e Cynthia Charone, localizados em Belém, aderiram nesta sexta-feira (3/10) ao programa Agora Tem Especialistas, iniciativa do Governo Federal que credencia hospitais filantrópicos e privados para ampliar a capacidade de atendimento da rede pública, reduzindo o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias.

Com a adesão, as duas instituições passam a integrar a lista de hospitais privados e filantrópicos que atuarão de forma complementar ao SUS em sete estados: Pará, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em contrapartida, os hospitais receberão até R$ 2 bilhões por ano em créditos financeiros, que poderão ser usados para abater dívidas federais, vencidas ou a vencer.

Durante o evento online que marcou a adesão de dez hospitais ao programa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da integração entre os setores público e privado.

“Gostaria de agradecer, de forma especial, aos hospitais que já aderiram a essa iniciativa inédita no SUS, que reforça a parceria e o compromisso em ampliar o atendimento especializado para a população. Esse resultado é fruto de diálogo, responsabilidade e cooperação com os gestores locais”, afirmou Padilha.

Investimentos em saúde no Pará

Na ocasião, o ministro também anunciou R$ 240 milhões em investimentos para aprimorar os serviços de saúde no Pará.
Segundo Padilha, R$ 200 milhões começam a ser aplicados já em novembro — dos quais R$ 108 milhões serão destinados ao Agora Tem Especialistas, ampliando cirurgias, exames e tratamentos de braquiterapia. Outros R$ 57,6 milhões por ano financiarão a habilitação e o credenciamento de novos serviços, e R$ 30 milhões serão usados para adquirir três aceleradores lineares, que vão melhorar o tratamento oncológico no estado.

A assessora técnica do Ministério da Saúde, Lena Peres, destacou que as adesões dos hospitais em Belém trarão impacto direto na redução de filas:

“Essas adesões representam mais consultas, mais exames e mais cirurgias aqui para o Pará. O grupo Cynthia Charone, por exemplo, é referência em cirurgias oftalmológicas e agora vai ampliar o atendimento para outros municípios. Já a Beneficente Portuguesa reforçará o atendimento e também poderá utilizar créditos no próximo ano.”

Como funciona o “Agora Tem Especialistas”

O programa adota um modelo inovador: a troca de dívidas federais por mais atendimentos no SUS. Hospitais privados e filantrópicos interessados manifestam adesão e informam os serviços que podem oferecer. Após avaliação técnica e da compatibilidade com as demandas do SUS em cada região, as unidades são credenciadas e incluídas em uma “prateleira de serviços”, disponível para gestores estaduais e municipais.

Os serviços priorizados incluem oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Atualmente, o Ministério da Saúde analisa 190 novas manifestações de interesse de hospitais privados e filantrópicos de todo o país.