A leitura é uma poderosa ferramenta para a ressocialização de pessoas privadas de liberdade, e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), ao oferecer acesso à educação às pessoas privadas de liberdade está garantindo meios para transformar vidas e preparar os internos para a vida em liberdade. Os dados registrados pela Seap até setembro de 2024, mostram que oficialmente mais de 1.600 internos de todo o Estado estão utilizando o acervo bibliográfico da Secretaria para atividades de leitura.
As iniciativas da Secretaria voltadas para a leitura como reinserção social, também garantem a remição de pena. Os projetos de leitura garantem o acesso de livros dentro dos blocos carcerários e a introdução das informações essenciais para uma mudança de vida por meio da leitura.
Todas as atividades são executadas através da Coordenadoria de Educação Prisional (CEP), a responsável por coordenar as atividades educacionais nas Unidades Penitenciárias do Estado. De acordo com a Lei de Execução Penal nº 7.210/84, resolução 391 de 10/05/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96.
O sistema prisional paraense conta com 27 bibliotecas com espaços físicos e 35 bibliotecas móveis. As bibliotecas móveis funcionam dentro dos blocos carcerários levando a leitura aos custodiados. O acervo tem aproximadamente 57 mil livros. Alguns exemplares são arrecadados através de campanhas de doação, ou através dos editais da Fundação Cultural do Pará (FCP). O acervo disponibilizado nas unidades prisionais atende aqueles que estão em privação de liberdade, professores e servidores da Seap.
Leitura garante remição da pena
A Seap possui diversos projetos voltados para a reinserção dos internos como aulas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), cursos profissionalizantes, entre outros. Os projetos de leitura desenvolvidos na UCR Marituba I são a “Arca da Leitura” e a “Remição pela Leitura”, ambos utilizam o acervo da biblioteca.
Atualmente, a unidade possui 40 internos que fazem parte do projeto de “Remição pela Leitura”, e podem escolher um livro por mês para ler. Ao final dos 30 dias, é feita uma resenha sobre o assunto e o custodiado ganha quatro dias de redução de pena. Já a ‘Arca da Leitura’ funciona como uma biblioteca móvel onde todos os internos têm direito a leitura de forma voluntária, para adquirir conhecimento, sem o benefício da remição de pena.