O Brasil se prepara para sediar a COP30 em novembro, na cidade de Belém, capital do estado do Pará. Entre as autoridades estrangeiras que já confirmaram presença na conferência, destacam-se o presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o príncipe William, do Reino Unido. Embora a lista completa de chefes de Estado ainda não esteja definida, a expectativa é que a presença do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seja improvável.
A CEO da COP30, Ana Tonni, informou que aproximadamente 162 países estão credenciados para participar do evento. O governo brasileiro já confirmou que 87 países garantiram hospedagem em Belém, enquanto 90 outros estão em negociação. Contudo, os altos preços das acomodações geraram reclamações entre as nações participantes.
Expectativas para a conferência
A cúpula de chefes de Estado da COP30 está agendada para os dias 6 e 7 de novembro. Tradicionalmente, a presença de todas as partes é considerada essencial em conferências climáticas. O Brasil espera que os 196 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) participem das discussões. Entretanto, por questões de protocolo diplomático, o país anfitrião não divulga a lista de autoridades confirmadas.
Apesar disso, o governo do Pará anunciou que cinquenta chefes de Estado já confirmaram presença na COP30. Essa participação é vista como um indicativo do compromisso global com as questões climáticas, especialmente em um momento em que a pressão por ações efetivas contra as mudanças climáticas aumenta.
Panorama internacional e a importância da presença de líderes mundiais
Embora a ausência de Trump seja esperada desde que os Estados Unidos se retiraram do Acordo de Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que convidou o ex-presidente para participar da COP30. Por outro lado, a presença do líder chinês, Xi Jinping, gera expectativas, mas ainda não foi confirmada por representantes do governo chinês no Brasil. A China, sendo o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, desempenha um papel crucial nas discussões climáticas.
A presença da China nas negociações é especialmente relevante, uma vez que o país tem investido em tecnologias e energia limpa como parte de sua transição energética. Além disso, os países participantes podem optar por enviar outros representantes, como vice-presidentes e ministros, ampliando assim a diversidade de vozes na conferência.
Histórico de participação em conferências climáticas
O recorde de participação de líderes mundiais em conferências climáticas ocorreu na COP21, realizada em Paris em 2015, e na COP28, em Dubai em 2023, com cerca de 150 chefes de Estado presentes. A COP26, realizada em Glasgow em 2021, também se destacou, reunindo aproximadamente 120 líderes e marcando o retorno da diplomacia climática global após a pandemia de Covid-19.
Durante a pré-COP, realizada em Brasília nos dias 13 e 14 de outubro, 67 países compareceram, o que indica um forte interesse em participar da COP30. Entre os países que participaram da pré-COP, destacam-se:
- Angola
- Azerbaijão
- Barbados
- República Democrática do Congo
- Dinamarca
- União Europeia
- França
- Índia
- Iraque
- República das Ilhas Marshall
- Palau
- Portugal
- Rússia
- Singapura
- Uganda
- Venezuela
- China
- Colômbia
- República Dominicana
- Alemanha
- Indonésia
- Itália
- Noruega
- Peru
- Polônia
- África do Sul
- Turquia
- Emirados Árabes Unidos
- Uruguai
- Austrália
- Arábia Saudita
- Papua-Nova Guiné
- Suíça
- Tuvalu
- Reino Unido
- Vanuatu
- Bolívia
- Canadá
- Chile
- Cuba
- Honduras
- Irlanda
- Japão
- Coreia do Sul
- Espanha
- Maldivas
- México
- Marrocos
- Holanda
- Nova Zelândia
- Armênia
- Bélgica
- Burquina
- Equador
- Etiópia
- Quênia
- Líbia
- Malásia
- Nepal
- Panamá
- República do Congo
- Eslovênia
- Tailândia
- Croácia
- Paraguai
Conclusão
A COP30 representa uma oportunidade significativa para o Brasil e para a comunidade internacional discutir e avançar nas questões climáticas. A presença de líderes mundiais, incluindo aqueles de países com grande impacto nas emissões de gases de efeito estufa, é crucial para o sucesso das negociações. Assim, a expectativa em torno da conferência cresce à medida que se aproxima a data do evento, refletindo a urgência das ações necessárias para enfrentar as mudanças climáticas.
Fontes:
Editado por Clayton Matos