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Lixo da RMB passa por tratamentos

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Lixo da RMB passa por tratamentos

Fundamental para o correto gerenciamento e aproveitamento dos materiais, a tecnologia é uma grande aliada dos processos de gestão de resíduos. Desde antes do recolhimento e separação até a sua destinação ambientalmente correta, a tecnologia está presente em diversas fases do processo, otimizando e contribuindo com a redução dos impactos.

Responsável pelo aterro sanitário de Marituba, a Guamá Tratamento de Resíduos recebe diariamente 1,3 mil toneladas de resíduos da Região Metropolitana, recolhidos pelas prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba. Para que tal material receba a correta destinação, o diretor de Negócios da Guamá Tratamento de Resíduos, José Reginaldo Bezerra, aponta que o trabalho da empresa começa muito antes desse resíduo chegar no aterro. “A Guamá realiza projetos de engenharia para proteger o solo, assim como para extrair o chorume e o biogás – respectivamente, líquido e gás gerados pelos materiais descartados – de forma segura, reutilizando os produtos dos tratamentos. Tudo isso seguindo normas e diretrizes de controles ambientais”.

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Segundo explica José Reginaldo, antes de receber o resíduo, é necessário preparar o terreno para ser construído o aterro sanitário de acordo com as especificações do projeto de engenharia. Em seguida, é feita a compactação do solo, tornando-o impermeável. Por cima é colocado um solo argiloso de 60 centímetros, coberto por uma membrana de polietileno (um tipo de plástico) de alta densidade. Para a proteção mecânica dessa camada, é colocada uma manta de um não-tecido, sobreposta de mais uma camada de argila.

Dessa forma, quando o resíduo é depositado nessa área totalmente impermeabilizada, devido à decomposição do material orgânico, são gerados o chorume e o biogás. “Para tanto, foi montado um sistema de drenagem com tubos altamente resistentes e grossos, que são perfurados para receber e escoar o líquido e o gás”, explica. “Ele é recoberto de pedras grossas (rachões) e arames para ajudar na filtragem dos resíduos. Existe a drenagem horizontal, que capta o chorume, e a vertical, que drena os gases. Pronto, agora o espaço está pronto para receber o resíduo descartado pela população”.

Para que fosse possível transformar os gases provenientes dos resíduos em uma solução que beneficie o meio ambiente, José Reginaldo aponta que a empresa investiu R$ 4 milhões na instalação e no funcionamento de uma usina de biogás no aterro sanitário de Marituba. “Desde dezembro de 2021, o empreendimento conta com uma rede coletora de gases para captar o gás metano gerado durante o tratamento de resíduos e direcioná-lo até um espaço enclausurado para o aproveitamento”.

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A usina tem a capacidade de reter e processar cerca de 150.000 toneladas de carbono ao ano. Além dos benefícios climáticos, o gás metano é fonte de energia elétrica limpa e renovável. “Pioneira no Pará, até o final do ano, a empresa concluirá a compra e planejará a instalação de uma usina termoelétrica com motores que, ligados a geradores, produzirá cerca de dois megawatts por hora. A energia produzida será consumida dentro do próprio aterro nas demandas relativas às suas atividades e de maneira sustentável”, aponta.

Já o chorume proveniente do processo natural de decomposição do material orgânico é canalizado e direcionado para uma caixa de concreto impermeável e enviado para bacias, que possuem as mesmas camadas de proteção da área que recebe o resíduo. “De lá, são enviadas para pré-tratamento em um filtro e, posteriormente, para sete máquinas de osmose reversa, que separam a água limpa aproveitada no próprio aterro sanitário. O chorume que resulta desse processo é encaminhado para tratamento especializado fora da unidade da Guamá”.

Outro fator importante para que o processo de gestão de resíduos seja realizado de maneira sustentável, apontado pelo diretor, é a inicial separação do resíduo orgânico do reciclável. “Após essa divisão, entregar o que pode ser reaproveitado para cooperativas licenciadas, gerando emprego e renda ao município. Além do mais, evita-se que esse material polua o meio ambiente, principalmente por ter vida útil bem longa”.

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José Reginaldo aponta que, há três anos, a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Município de Marituba (Cocamavel) funciona no empreendimento da Guamá. “Ela recebe da empresa a estrutura necessária para o seu funcionamento, como galpão, balanças, esteiras para separação de resíduos, prensas hidráulicas, equipamentos de proteção individual, sacos para armazenamento, água e luz”, informa. “Hoje, 12 empresas de Marituba são atendidas pela Cocamavel, que recolhe 20 tipos diferentes de resíduos recicláveis, desloca para o aterro, pesa e coloca em uma esteira elétrica, onde são separados e montados os fardos à venda. Alguns produtos, como o papelão, são prensados para que aumente o valor agregado”.

 











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