Pará

Laboratório de Vírus Respiratórios do IEC recebe certificação da OMS

 O painel avaliou a qualidade das técnicas de diagnósticos realizadas pela equipe do LVR para detecção de Vírus Influenza por RT-PCR e do Coronavírus associado a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2, por RT-PCR. Foto: Divulgação/IEC
O painel avaliou a qualidade das técnicas de diagnósticos realizadas pela equipe do LVR para detecção de Vírus Influenza por RT-PCR e do Coronavírus associado a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2, por RT-PCR. Foto: Divulgação/IEC

Laboratório de Vírus Respiratórios (LVR) da Seção de Virologia (SAVIR) do Instituto Evandro Chagas (IEC) recebeu o certificado da Organização Mundial de Saúde (OMS), em fevereiro deste ano, pela participação no Painel 21 do WHO GISRS EQAP (2022) – Sistema Global de Vigilância e Resposta à Gripe. O painel avaliou a qualidade das técnicas de diagnósticos realizadas pela equipe do LVR para detecção de Vírus Influenza por RT-PCR e do Coronavírus associado a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2, por RT-PCR.

A pesquisadora e coordenadora do LVR, Mirleide Cordeiro, explica que o programa avalia a capacidade dos laboratórios que compõem a Rede de Vigilância Mundial da Gripe, em detectar os vírus influenza que estão circulando, bem como aqueles que ainda podem vir a circular. Por ser um laboratório de referência no diagnóstico para vírus respiratório, todo ano o IEC recebe amostras para avaliação.

“Este painel avalia a qualidade do diagnóstico que fazemos como rotina, ou seja, detecta os vírus que circulam, como o H1N1pdm09, o H3N2 e o Influenza B, mas também sempre vêm amostras para outros vírus influenza, como o H5, H7 e o H9. Atualmente, por exemplo, além do vírus Influenza, também recebemos um painel para SARS-CoV-2, a fim de verificar se o diagnóstico está sendo feito de forma adequada também para este agente. É importante passar por esses processos de avaliação para que tenhamos essa resposta sobre a qualidade do serviço que estamos oferecendo. Enquanto laboratório de referência, o IEC analisa amostras recebidas de outros laboratórios, não só as que são coletadas aqui”, explica Mirleide.

A coordenadora destaca que a certificação acontece no momento em que ocorre um surto de influenza aviária na América do Sul.

“Quando se trabalha com Influenza, sempre se está na iminência de passar por uma pandemia. Por ser um vírus que apresenta grande variabilidade genética e ainda ter como fator complicador ter como reservatório animal as aves silvestres, ele pode em algum momento passar dessas aves para os humanos e se estabelecer na população humana. Então, a partir da entrada desses painéis, ou seja, dessas amostras no laboratório, temos até sete dias para enviar o relatório com os resultados para a OMS, para que eles avaliem, além da qualidade, a pronta resposta desse diagnóstico, pois num momento de pandemia, o rápido diagnóstico, pode garantir que sejam tomadas medidas para ainda tentar conter a disseminação de determinado vírus na população”, afirma.

A ATUAÇÃO DO LVR

O Laboratório de Vírus Respiratórios (LVR) atua como um Centro Nacional de Influenza (NIC) junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como Laboratório de Referência Regional da Rede Nacional de Vigilância de influenza. Suas principais ações referem-se à vigilância laboratorial de vírus respiratórios de importância para a saúde pública mundial, como o SARS-CoV-2, influenza, vírus respiratório sincicial e outros. Nesse sentido, foi um dos primeiros da América do Sul a ser capacitado para o diagnóstico molecular de SARS-CoV-2. Atualmente, o LVR é referência para 10 estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima.

Fonte: IEC