Luiza Mello
O senador Jader Barbalho (MDB-PA) vai integrar a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio foi feito ontem (9) pelo presidente do MDB, Baleia Rossi, que indicou também o senador alagoano, Renan Calheiros. Os dois vão representar, respectivamente, as regiões Norte e Nordeste. Os senadores vão integrar o conselho político de Lula. O partido já havia formalizado o nome de Simone Tebet, senadora e ex-candidata à presidência da República que hipotecou amplo apoio à campanha do presidente Lula no segundo turno. Tebet vai integrar a equipe que vai cuidar da transição da assistência social.
Baleia Rossi, se reuniu com a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e recebeu dela o convite formal para que o partido integrasse a transição para o governo Lula, que assumirá um terceiro mandato no Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2023.
“Me sinto honrado com a missão delegada pelo meu partido, para fazer parte da equipe do governo de transição do presidente Lula, representando a região Norte”, disse o senador. Jader destacou a importância de um governo de transição contar com representantes das regiões mais distantes do poder central do país. “É uma oportunidade de contribuir para o futuro governo, com indicação de prioridades para essas regiões”, lembrou o senador.
AMAZÔNIA
Jader Barbalho ressalta ainda a necessidade de que o país retome projetos para a recuperação da região amazônica. “Teremos, a partir de 1º de janeiro de 2023, um governo federal que se preocupa com o meio ambiente, que recebeu significativo destaque internacional durante a gestão anterior por adotar políticas de preservação e preocupação com o nosso planeta”.
O MDB quer contribuir para garantir o pagamento de R$ 600,00 para o Bolsa Família e o aumento real do salário-mínimo. O partido também tem como foco a defesa da reforma tributária, do pacto federativo e da atualização da tabela do SUS. Essas contribuições serão levadas pelos emedebistas que passam a fazer parte da equipe de transição do presidente eleito.
INDICAÇÕES
Também foi indicado o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), que vai atuar na área de indústria e comércio. A senadora emedebista Simone Tebet (MS) já havia sido confirmada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin como integrante da equipe de transição. Ela será uma das coordenadoras da área de assistência social. O MDB também indicou para a área de assistência social o secretário-executivo da legenda, Reinaldo Takarabe, que já vinha atuando com Simone Tebet.
Segundo o repórter Renato Machado, da Folha, Baleia Rossi informou que o partido tem algumas questões que considera urgentes e espera vê-las contempladas pelo futuro governo. Citou a garantia de R$ 600 de pagamento no âmbito do programa Bolsa Família -que deverá ser recriado, em substituição ao Auxílio Brasil- e o aumento real do salário mínimo.
Também citou a necessidade de defesa do pacto federativo, da realização da reforma tributária e a atualização da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde). E acrescentou que é preciso ser coerente com o plano de governo da candidatura de Simone Tebet.
Em relação aos nomes para o conselho político, Baleia ressaltou a importância de políticos experientes. “No atual momento, também é fundamental termos parlamentares experientes para a construção de um relacionamento harmônico com o Congresso. Por isso o MDB também indicou os senadores Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL) para compor o Conselho Político da Transição”, acrescentou.