Pará

Internos do sistema penal do Estado concluem curso de Yoga

Nos quatro dias de prática, divididos em nove unidades prisionais,  mais de 450 pessoas acompanharam o curso. Foto: UCHOASILVA/SEAP
Nos quatro dias de prática, divididos em nove unidades prisionais, mais de 450 pessoas acompanharam o curso. Foto: UCHOASILVA/SEAP

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) na quinta-feira (16), no Presídio Estadual Metropolitano III (PEM III), em Marituba (Região Metropolitana de Belém), o curso presencial “A prática do silêncio”, dentro do Projeto “Respirando a Liberdade”, ministrado por instrutores da organização internacional Arte de Viver.

Nos quatro dias de prática, divididos em nove unidades prisionais,  mais de 450 pessoas acompanharam o curso. Inédito no País, o projeto de aulas de Yoga é realizado via internet.

Desenvolvido pela “Arte de Viver”, o curso é baseado no redirecionamento consciente e na retirada da energia e atenção das distrações externas, e tem sido usada em diferentes contextos culturais como ferramenta de rejuvenescimento físico, mental e espiritual. A prática da Yoga e demais processos do curso, como a respiração para aliviar ansiedade, o que leva a uma sensação de paz e energia renovada.

Já participam do Projeto o Centro de Recuperação Regional de Itaituba (CRRI), Centro de Recuperação Regional de Cametá (CRRCAM), Presídio Estadual Metropolitano II (PEM II), Presídio Estadual Metropolitano III (PEM III), Centro de Reeducação Feminino (CRF), Cadeia de Jovens e Adultos (CPJA), Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), Central de Triagem da Marambaia (CTMAB) e Central de Triagem Metropolitana II (CTM II).

O Projeto “Respirando a Liberdade”, que oferece aulas e prática da Yoga via internet para os custodiados, é pioneiro no Brasil, afirmou a empresária e voluntária da organização Arte de Viver, Andrea Sandoval. As atividades começaram durante a pandemia de Covid-19, mas só o Pará aderiu à iniciativa. O curso Prática do Silêncio, ministrado nos últimos quatro dias, é um módulo avançado, diferente do curso introdutório para iniciantes, e é o segundo realizado no País.

“O projeto desenvolvido no Pará tem servido de âncora para nós entrarmos em outras instituições. Tudo o que queremos é mostrar que existem seres humanos por trás de cada um deles. Quando eles enxergam isso existe uma mudança definitiva. Não significa que 100% serão reinseridos na sociedade de forma adequada, mas acreditamos que uma mudança muito grande acontece dentro deles”, ressaltou Andrea Sandoval.