CENSO 2022

Internet chega à casa de 77% da população paraense, diz IBGE

A Starlink, da SpaceX, está transformando o acesso à internet global, especialmente em regiões isoladas.
A Starlink, da SpaceX, está transformando o acesso à internet global, especialmente em regiões isoladas.

De acordo com os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 77,63% dos domicílios no Pará têm acesso à internet, o que coloca o estado como o terceiro com o menor índice de conectividade no Brasil, apenas à frente de Acre (74,79%) e Maranhão (77,09%). Entre os estados com maior acesso à internet, Distrito Federal lidera com 94,73%, seguido por Santa Catarina (92,54%) e São Paulo (90,71%).

Conectividade no Pará: Municípios em Destaque

Os municípios paraenses com maior proporção de domicílios conectados são: Canaã dos Carajás (93,16%), Parauapebas (91,49%), Redenção (89,94%) e Xinguara (88,76%). Na Região Metropolitana de Belém, as cidades de Ananindeua (88,54%) e Belém (87,4%) também se destacam pela alta conectividade.

No entanto, Breves, no Pará, registra a menor taxa de acesso à internet entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, com apenas 51,1% de cobertura.

Acesso a Máquinas de Lavar Roupas no Pará

Em relação ao acesso a máquinas de lavar roupas, o Pará ocupa a quarta posição entre os estados com menor índice de cobertura, com apenas 36,15% dos domicílios equipados. Os estados com maior proporção de domicílios com máquina de lavar são Santa Catarina (92,83%), Rio Grande do Sul (87,48%) e São Paulo (86,74%).

Dentre os municípios paraenses, Novo Progresso (68%), Trairão (60,73%) e Belém (55,04%) possuem os maiores índices de presença desse bem. Em contraste, cidades como Anajás (7,41%), Cachoeira do Piriá (7,74%), Santa Luzia do Pará (9,99%) e Aurora do Pará (10,52%) apresentam as menores proporções.

Propriedade e Ocupação dos Domicílios no Pará

No que diz respeito à condição de ocupação, 77% dos domicílios particulares permanentes no Pará são próprios, embora esse número tenha diminuído desde 2010, quando a proporção era de 79%. O número de domicílios alugados, por sua vez, aumentou de 13% em 2010 para 15% em 2022.

A faixa etária mais representativa entre os moradores de domicílios próprios é a de 70 anos ou mais, com 91,5% de residência própria, enquanto a maior concentração de pessoas em imóveis alugados está na faixa etária de 25 a 29 anos, com 18,7% dos habitantes dessa faixa vivendo em imóveis alugados.

Cametá se destacou como o município com mais de 100 mil habitantes no Brasil com a maior proporção de moradores em domicílios próprios, atingindo 91,9%.

Cômodos e Número de Moradores por Domicílio

Em relação ao número de cômodos, 21% dos domicílios paraenses possuem até três cômodos. Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Breves registra a maior proporção, com 41,8% da população vivendo em moradias com três cômodos ou menos.

Quanto ao número de moradores por dormitório, 16% dos domicílios (390.711 unidades) no Pará possuem de dois a três moradores por dormitório. Além disso, 7,26% (177.334) dos domicílios têm mais de três pessoas compartilhando o mesmo espaço. Os municípios com as maiores proporções de moradores por dormitório são Bagre (37,45%), Melgaço (32,3%), Portel (31,82%) e Jacareacanga (27,39%).

Esses dados do Censo Demográfico 2022 mostram as desigualdades regionais no Pará e refletem a necessidade de políticas públicas para melhorar o acesso à internet e à infraestrutura domiciliar em diversas áreas do estado.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.