Pará

IBGE: taxa de desemprego no Pará registra queda de 10,2%

Levantamento teve como base o terceiro trimestre deste ano e foi analisado pelo Dieese e Seaster. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
Levantamento teve como base o terceiro trimestre deste ano e foi analisado pelo Dieese e Seaster. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Luiza Mello

O Brasil registrou no terceiro trimestre de 2023, recorde de pessoas trabalhando com carteira assinada, com recuo na taxa de desemprego de 7,7%, o menor percentual desde 2014. O Estado do Pará também indicou recuo de 0,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, com taxa de desocupação no 3º trimestre – de julho a setembro de 2023 – de 8,0% cerca de 0,5% menor que a registrada no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados na terça, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados mostram que, no comparativo entre o 3º trimestre deste ano (de julho a setembro) em relação ao trimestre anterior (abril a junho) o número de trabalhadores desocupados no Pará teve queda de 6,2%, ou cerca de 22 mil pessoas. Já na comparação com o 3º trimestre de 2022, o recuo foi de 10,2%, ou cerca de 38 mil pessoas.

A análise dos dados divulgados pelo IBGE foi feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). De acordo com o estudo, o quantitativo atual de trabalhadores na condição de desocupados no Pará alcançou o total de 331 mil de pessoas. O total de trabalhadores ocupados no Pará cresceu 0,9% (cerca de 33 mil pessoas a mais ocupadas) em relação ao 2º trimestre do ano passado, o que representou um volume aproximado de 3.797 milhões de pessoas ocupadas no mercado de trabalho paraense.

O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que, no 3º trimestre de 2023, 73,8 % dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. O Norte (60,1%) e o Nordeste (58,4%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões. Entre os trabalhadores domésticos, 24,7% tinham carteira de trabalho assinada no país. No mesmo trimestre do ano passado, essa proporção havia sido de 25,3%.

De acordo com o IBGE, no 3° trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no país foi de 17,6%. No Pará essa taxa é de 24,6%. Esse indicador demonstra o percentual da população com 14 anos ou mais de idade que estava desempregada, em busca de emprego e disponível para iniciar um trabalho ou trabalhando menos do que 40 horas semanais.

Rendimento médio

O rendimento médio real mensal habitual do trabalhador brasileiro foi estimado em R$ 2.982, um incremento em relação ao trimestre anterior (R$ 2.933) e em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 2.862).

Na comparação com trimestre anterior, as regiões Sul (R$ 3.276) e Sudeste (R$ 3.381) apresentaram expansão, enquanto as demais permaneceram estáveis.

Em relação ao 3º trimestre de 2022, as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram aumento, enquanto nas demais houve estabilidade.