Pará

Hospital Metropolitano faz ação para prevenir acidentes de trânsito

Atividade faz parte da campanha Maio Amarelo. Segundo o Metropolitano, quase 6 mil pacientes acidentados no trânsito foram atendidos em 2023 Foto Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
Atividade faz parte da campanha Maio Amarelo. Segundo o Metropolitano, quase 6 mil pacientes acidentados no trânsito foram atendidos em 2023 Foto Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Irlaine Nóbrega

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, está realizando a programação “A Prevenção Salva Vidas” em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA). A atividade está incluída na campanha “Maio Amarelo” com o objetivo de orientar a população sobre medidas de cuidado para prevenção de acidentes de trânsito. A programação iniciou ontem (14) e se prolonga até hoje (15), no HMUE, com início às 9h.

Ontem, a programação contou com a simulação de um acidente de trânsito e o processo de admissão no Pronto Socorro do HMUE. Uma palestra foi ministrada por médicos da unidade e representantes dos Bombeiros a 70 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dom Pedro II, no bairro do Marco, em Belém. O evento teve ainda apresentação da Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros Militar.

O intuito da ação é mostrar as consequências que envolvem esse tipo de acidente e fortalecer as formas de prevenção com o foco no reconhecimento das complicações.

“Uma queda de moto, mesmo na velocidade mínima, traz danos, o paciente tem lesões, como fratura exposta, fica internado, precisa de cirurgia e acaba indo para Terapia Intensiva. Subiu na moto, tem que usar capacete. Em muitos acidentes, o paciente tem quadro de traumatismo cranioencefálico porque não usa o capacete”, revela Nelma de Jesus, médica intensivista do HMUE.

Em caso de acidentes de trânsito é preciso ter cautela no momento de socorrer a pessoa ferida. Isso porque, para quem socorre, há possibilidade de risco biológico ao tocar em secreções e, para o acidentado, o agravamento do quadro hospitalar.

ATENDIMENTO

“Se você não é habilitado a fazer o primeiro atendimento especializado, você faz muito ao isolar o local e acionar o serviço, ou Samu ou o serviço de resgate dos Bombeiros porque eles têm equipamento adequado e a expertise para fazer o atendimento. Um atendimento inadequado pode gerar graves problemas para o paciente posteriormente”, orientou o médico plantonista José Neto.

O Corpo de Bombeiros do Pará realiza o atendimento em vítimas de acidentes de tráfego em 31 municípios do estado e dispõe de 35 ambulâncias.

“Nós fazemos o atendimento pré-hospitalar de resgate que é importantíssimo para que aquela pessoa não sofra mais agravos além do trauma original. A gente busca esse paciente no local e leva para as unidades especializadas. No caso de grandes traumas, geralmente trazemos para o Hospital Metropolitano, que é nossa referência em traumas e grandes queimados aqui na região”, disse o representante da diretoria da Saúde do Corpo de Bombeiro Militar, José Neto.

Todo esse conteúdo repassado aos alunos da Escola Estadual Dom Pedro II reforçou os conhecimentos de Ricardo Henrique, de 18 anos. Isso porque desde criança os pais sempre o ensinaram a respeitar as regras de trânsito. O número de casos de acidente envolvendo motociclistas por falta do uso do capacete foi o que teve maior importância ao aluno.

“Achei super importante porque, como a gente pôde ver, muitos dos acidentes são de jovens de 14, 15, 16 anos, acho que por conta da falta de experiência ou de educação em casa. Consegui entender várias coisas, uma delas foi a importância do uso de capacete porque a maioria dos acidentes é de moto, além da segurança de estar em um veículo com cinto de segurança. Infelizmente, nessa situação são os motoqueiros que sempre acabam se prejudicando mais”, concluiu Ricardo, aluno do 3º ano do Ensino Médio.