Quedas de idosos no Pará sobem 22%; veja como prevenir acidentes

Dados do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) apontam que, de janeiro a novembro deste ano, houve aumento de 22% no atendimento a pessoas com mais de 60 anos vítimas de quedas. Somente de janeiro a novembro de 2023, a unidade hospitalar, localizada em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, registrou 1.644 entradas de vítimas desse tipo de acidente no Pronto Atendimento, dos quais 1.059 precisaram ficar internados. Em todo o ano passado, 1.349 idosos foram atendidos e 838 internados.

Para o Ministério da Saúde, a queda é um evento bastante comum e devastador em idosos. Segundo a entidade, embora não seja uma consequência inevitável do envelhecimento, essas ocorrências podem sinalizar o início de fragilidade ou indicar doença aguda.

Em relação aos fatores de espaços e ambientes, que favorecem esses acidentes, o Ministério lista a falta de iluminação, arquitetura inapropriada para a idade, disposição inadequada de móveis em casa, espaço reduzido com muitos objetos escorregadios espalhados e cores escuras em quartos, salas ou banheiros, por exemplo.

“Muitos desses idosos se acidentam em suas casas. Tapetes, vasos, chilenos e até mesmo o banheiro não adaptado são os maiores vilões. Em diversos casos, o que parece uma simples queda pode trazer consequências graves para o idoso, como fraturas do fêmur, que necessitam de um diagnóstico preciso e, se necessário, o tratamento precoce. Devido a sensibilidade e a saúde frágil desses idosos, todos os cuidados em domicílio devem ser adotados para adaptar o ambiente conforme suas necessidades”, diz o médico ortopedista, Eric Teixeira. “Os cuidados devem ser tomados para evitar complicações indesejáveis, como internações prolongadas, riscos de infecções, ou a piora das comorbidades preexistentes”, explica o profissional.

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), pertence à rede de saúde pública do Governo do Estado do Pará, é gerenciado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) e oferece atendimentos de média e alta complexidades, atuando como referência em traumatologia.