O Hidromel Uruçun da Amazônia, criado no Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e residente no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, conquistou a medalha de prata na categoria demi-sec (semi-seco) da Brasil Mead Cup 2025. O anúncio foi feito no último sábado (9), durante o Brasil Beer Cup, realizado em Florianópolis (SC), que reuniu mais de duas mil amostras de bebidas de vários países da América Latina, avaliadas às cegas.
Fundada em Belém em 2019 e liderada pela engenheira de produção Ana Lídia Ribeiro, a Uruçun atua em toda a cadeia produtiva da meliponicultura — criação de abelhas nativas sem ferrão —, contribuindo para a preservação da floresta e a polinização. Associada ao PCT Guamá, a empresa se destaca pela inovação sustentável e pelo protagonismo feminino no setor.
O hidromel é produzido com mel de abelhas sem ferrão, água e levedura, valorizando um tipo de mel mais aquoso e ácido, de difícil comercialização. A cadeia produtiva envolve cerca de 300 comunidades de agricultura familiar no Pará, beneficiando aproximadamente 3 mil pessoas, muitas delas mulheres chefes de família. Atualmente, a produção anual é de 5 mil litros, com meta de chegar a 25 mil litros.
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Além de impulsionar a geração de renda e a conservação ambiental, o hidromel amazônico já marcou presença em eventos internacionais na Alemanha, Panamá e África do Sul, consolidando-se como um exemplo de negócio sustentável e de valorização da bioeconomia da região.
O Papel do PCT Guamá
O PCT Guamá, iniciativa do Governo do Pará em parceria com a UFPA, a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e a Fundação Guamá, é o primeiro parque tecnológico da Região Norte e abriga mais de 30 empresas residentes, além de 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento.
