
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou nesta quarta-feira (12 de março de 2025) que todas as obras de infraestrutura para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) em Belém (PA) estão dentro do cronograma. A capital paraense sediará o evento anual da ONU em novembro deste ano. No entanto, Barbalho destacou que o principal desafio para receber a conferência continua sendo a capacidade de hospedagem. Atualmente, a cidade possui cerca de 18.000 leitos em hotéis, mas a meta é ampliar esse número para 45.000 a 50.000 até a realização da COP30.
Para suprir a demanda, o governo do Estado firmou uma parceria com o Airbnb para aumentar a oferta de hospedagem, mas os preços elevados na plataforma têm sido um obstáculo. Além disso, o governo federal contribuirá com a contratação de 5.000 leitos em navios, cujo contrato deve ser finalizado nos próximos dias.
“Estamos em diálogo com a iniciativa privada para ampliar a oferta de leitos e, assim, possibilitar a redução dos preços praticados”, explicou Barbalho. “Nos próximos dias, o governo federal concluirá a contratação de 5.000 leitos em navios, o que aumentará significativamente a capacidade de hospedagem e permitirá acomodar mais visitantes.”
Margem Equatorial
Durante conversa com jornalistas, o governador também abordou a questão da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Na terça-feira (11 de março), o processo de licenciamento para a Petrobras avançou com a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a limpeza da sonda que será utilizada nas atividades exploratórias.
O anúncio da exploração de petróleo na costa do Amapá pode gerar controvérsias e ofuscar a participação do Brasil na COP30. Barbalho defendeu que o país precisa explorar suas potencialidades, inclusive utilizando os recursos do petróleo para financiar a transição energética. No entanto, ele ressaltou a importância de estabelecer um plano para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
“Entendo ser necessário cumprir todas as exigências do Ibama para garantir que a pesquisa seja compatível com a transição energética, que ainda depende, momentaneamente, das fontes fósseis”, afirmou o governador.