Um levantamento realizado pela Economatica e publicado no site do Estadão nos últimos dias apontou cinco empresas da carteira do Ibovespa que hoje possuem mais chances de se tornarem insolventes: Gol+0,55%, Azul, CVC+0,46%, TIM e Hapvida. Cada uma com 55%, 42%, 37%, 30% e 28% de probabilidade, respectivamente, de não conseguir pagar os próprios custos.
Segundo a reportagem, o cálculo da Economatica foi feito por uma fórmula que inclui valores do capital circulante líquido, ativos totais, reservas de lucro, Ebit (lucro antes de juros e imposto de renda), patrimônio líquido e ativos passivos.
Com 28% de probabilidade de insolvência por não conseguir pagar os próprios custos, a Hapvida NotreDame Intermédica é atualmente o maior plano de saúde do Brasil. Caso a previsão se concretize, a empresa poderá ser obrigada a encerrar suas atividades, atingindo milhares de clientes do Pará.
“O cálculo da Economatica foi feito por uma fórmula que inclui valores do capital circulante líquido, ativos totais, reservas de lucro, Ebit (lucro antes de juros e imposto de renda), patrimônio líquido e ativos passivos”, diz a publicação.
Contudo, a assessoria de imprensa da Hapvida NotreDame Intermédica afirmou em nota enviada o DIÁRIO desconhecer a metodologia aplicada no levantamento, garantindo possuir quase R$ 5 bilhões em caixa.
“A alavancagem e outros indicadores operacionais, financeiros e de solvência da Hapvida NotreDame Intermédica são monitorados constantemente pela agência de rating Fitch, uma das mais conceituadas do mercado global. Todas as emissões de dívida feitas pela empresa receberam da Fitch a classificação de grau máximo de investimento (AAA ou Investment Grade)”, informou a empresa.
Segundo a nota enviada ao DIÁRIO, o “mercado financeiro local e mundial observa níveis de alavancagem de empresas de forma padronizada seguindo conceitos já pacificados há décadas. O principal indicador é a razão entre a dívida líquida da companhia e sua geração de caixa operacional (sendo o Ebitda uma referência dessa geração de caixa) dos últimos 12 meses. Quanto menor esse índice, melhor a situação da companhia”.
A Hapvida informa que ao fim do terceiro trimestre de 2022, esse indicador para a Hapvida era de 2,2 vezes, número considerado absolutamente saudável pelo mercado. Tal índice vem, inclusive, apresentando melhoria trimestre após trimestre. “A empresa desconhece a metodologia usada pelo estudo que serviu de base para a reportagem e ressalta que ao final do terceiro trimestre de 2022 possuía mais de R$ 4,88 bilhões em caixa”, finalizou.