Duas carretas do projeto “TerPaz Itinerante”, da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), chegaram ao município nesta terça-feira (28), com serviços de saúde retirada de documentos como RG e certidão de nascimento.
“As pessoas que chegam aqui passam por uma triagem do município para identificar se elas são da área atingida, já que elas são nossa prioridade. Nós identificamos um conjunto de necessidades. São pessoas que abandonaram suas casas e deixaram tudo para trás. Então, a partir desses documentos principais, elas vão poder ter acesso aos outros serviços que o Estado está disponibilizando para elas”, informa Bruno Brasil, coordenador operacional das carretas do TerPaz.
A casa da aposentada Maria Madalena, ficava perto da torre de energia elétrica que tombou após o processo erosivo. Ela conseguiu tirar a 2ª via dos documentos. “É um serviço muito importante porque eu tô sem nada, saí com a roupa do corpo. Nossos documentos ficaram todos no nosso guarda-roupa. Foi uma correria”, relembra a moradora que que vivia na área há 45 anos.
Já a Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros ajudam famílias na retirada de itens básicos das residências interditadas por medida de segurança. Ao todo, 108 famílias que moravam nos bairros São João e São José ficaram desalojadas.
“Nós estamos numa área de alto risco e não há como ficar nas casas por muito tempo. Então as famílias estão sendo monitoradas pelo Corpo de Bombeiros para a retirada de itens básicos de forma segura”, reforça Bruno Freitas, chefe de operação da Defesa Civil Estadual.
Serviço Geológico do Brasil faz o monitoramento da região atingida
O Serviço Geológico do Brasil está, em Abaetetuba, no Baixo Tocantins, onde dá apoio técnico-científico no mapeamento da região que sofreu com deslizamentos de terra no último domingo (26). O trabalho começou, na tarde de segunda-feira (27), e monitora a área com processo erosivo, e os efeitos da chuva e da maré, explica a geóloga Dianne Fonseca.
“A gente está com um processo de atuação da desestabilização do terreno. A gente vai ficar monitorando constantemente para ver se ele vai parar de ceder. O processo de ruptura da área ainda está ativo. Pode ser que aumente ou que estabilize, por isso esse trabalho é importante. É necessário que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estejam aqui monitorando. A gente vai dar apoio para eles no mapeamento da área de risco delimitar uma área e posteriormente é necessário se fazer estudos mais aprofundados porque o processo é bem complexo. Não é de simples solução. São necessários estudos geofísicos e outros estudos para saber até onde essa área vai poder ser delimitada para resguardar a vida da população aqui”, detalha Dianne.