Pará

Governo Federal confirma R$ 3,4 bi para ciência na Amazônia

 Foto: Divulgação
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Em uma das mais importantes instituições de ciência e pesquisa da Amazônia, o Museu Paraense Emílio Goeldi foi anunciado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o programa “Mais Ciência na Amazônia”, com investimentos no valor de R$ 3,4 bilhões, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

O programa do governo federal “Mais Ciência” vai beneficiar e ampliar o projeto Belém Inteligente, Metrópole Amazônica da Inovação, desenvolvido desde junho de 2022. Além da tecnologia, a iniciativa municipal é voltada para a justiça social, buscando o equilíbrio ecológico, respeitando a natureza e com participação popular.

Entre os programas e ações desenvolvidas está o projeto Oficina do Futuro, que garante aos jovens da rede pública municipal de ensino, cursos de Noções de Tecnologia, Inteligência Artificial e Programação. O projeto é desenvolvido  em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e Instituto Federal do Pará (IFPA).

Esse aporte financeiro também será destinado à recuperação da infraestrutura científica, aperfeiçoamento do sistema de monitoramento da região, ampliação da cadeia alimentar, capacitação profissional, preservação dos acervos, dentre outros benefícios.

“Após o apagão no financiamento de ciência nos últimos anos, o governo federal retoma projetos e programas importantes de resgate da capacidade das universidades e instituições de pesquisa”, destacou a ministra Lúcia Santos, ao informar que esses recursos serão aplicados no período compreendido entre 2024 a 2026.

Sensoriamento

Luciana Santos ressaltou ainda que, dentro deste valor global de investimentos, estão incluídos novos equipamentos de sensoriamento remoto, importante para monitorar as alterações climáticas e desmatamentos na região; capacitação digital nas escolas e o fortalecimento da agricultura familiar. A ministra disse também que já estão garantidos R$ 10, 6 milhões no Orçamento do Museu Goeldi, para investir, dentre outras prioridades, na reforma do prédio da Rocinha, o mais antigo do Parque Zoobotânico.

A secretária municipal de Educação (Semec), Araceli Lemos, que estava representando o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, afimou que não é possível considerar o desenvolvimento da Amazônia sem pensar na importância que tem o Museu Emílio Goeldi. “Todo conhecimento aqui produzido embasa, em grande medida, outros atores, como o governo estadual e municipal. Por isso, nós festejamos mais investimentos para pesquisa na Amazônia”, afirmou a secretária.

“O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico quer contribuir ainda mais para a implementação de políticas públicas e investimentos, que gerem resultados concretos para as populações que vivem na Amazônia. Nesse sentido, anunciamos, no dia de hoje, um robusto programa de investimentos em ciência, tecnologia e inovação para a região amazônica”, disse a ministra Luciana Santos.

“Vamos avançar no desenvolvimento científico e tecnológico, em bases sustentáveis. A Ciência faz parte da espinha dorsal do estado brasileiro, por isso, vamos produzir mais conhecimento, superar gargalos, agregar valores, gerar renda na região”, pontuou a ministra.

Compromisso

O diretor do Goeldi, o pesquisador Nilson Gabas Júnior, pontuou a importância da retomada dos investimentos em pesquisa, das parcerias e da integração das demais  esferas públicas com o centenário Goeldi, a mais longeva instituição de pesquisa da Amazônia. “O volume expressivo de recursos que estamos recebendo representa um grande salto na defesa da ciência e da inovação tecnológica, de projetos que promovam o desenvolvimento em bases sustentáveis”.

A cerimônia também contou com a presença do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FInep) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Celso Pansera; do Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia do Pará, Victor Dias, representando o governador Helder Barbalho; o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, além de professores, pesquisadores e outras autoridades.

Fonte: Agência Belém