Pryscila Soares
O governador do Pará, Helder Barbalho, inaugurou nesta terça-feira (3) o primeiro Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), localizado no bairro Batista Campos, em Belém. O centro possui capacidade para atender até 300 usuários/mês e passa a ser referência no atendimento de pessoas com autismo no estado. O espaço abriga ainda um projeto pioneiro no país: o primeiro Laboratório de Formação Profissional em Práticas com Evidências Científicas para o Autismo do Brasil, que qualificará anualmente 1.200 profissionais da rede pública de saúde de todo o Pará.
A implementação da formação profissional será feita pela Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, o laboratório é equipado com salas de aula e salas com espelho, acopladas às salas de terapia. Vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo – CEPA, o Cetea foi idealizado em uma série de iniciativas do governo do Pará, viabilizadas pela Lei nº 9.061/2020, referente à Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Peptea).
A legislação, que foi sancionada pelo governador Helder Barbalho em maio de 2020, também criou o Sistema Estadual de Proteção dos Direitos dos Autistas, que ampara o mapeamento referente às demandas de pessoas com autismo no Pará.
POLÍTICA PÚBLICA
Além de capacitá-los, a formação dos profissionais busca implementar estratégias de atendimento da pessoa com autismo em todos os municípios paraenses, conforme destacou o governador Helder Barbalho. “Esta é, certamente, a mais importante estratégia de atendimento ao autismo em todo o Brasil, quando o Estado do Pará, referência neste segmento, implanta um centro de tratamento especializado que vai formar mão de obra, qualificar profissionais com o intuito de implementar estratégias nos 144 municípios do estado”, pontua.
O Pará já conta com três Núcleos de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), mantidos pela Sespa em Belém, Capanema e Tucuruí e outros quatro estão em obras atualmente, onde são ofertados atendimentos multiprofissionais que auxiliam no desenvolvimento de pessoas com autismo. A ideia é ampliar ainda mais a oferta a nível estadual.
“A intenção é levar essa experiência para todas as cidades e, para isso, é fundamental ter mão de obra qualificada e especializada. Este centro chega para formar mão de obra, implementar e garantir a ampliação da cobertura do atendimento. Com isto, o Pará consolida cada vez mais a iniciativa e a escolha de ser um estado protagonista, inclusivo e que protege os seus autistas”, declara Helder Barbalho.
Ainda durante a cerimônia, a coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, Nayara Barbalho, ressaltou que no campo da formação o Cetea fará o acolhimento não só de gestores, mas também de profissionais e alunos envolvidos com o tema, para incentivar e promover o ensino, a pesquisa e a extensão sobre autismo em contextos intersetoriais, por meio de visitas guiadas, estágios, imersões e residências médicas e multiprofissionais.